Alunos fazem ato em homenagem a colega de 12 anos que morreu após supostamente cair de rede em MT

Os alunos de um grupo de fanfarra fizeram uma passeata, nesta terça-feira (24), em homenagem a um colega deles, de 12 anos, que morreu após supostamente cair de uma rede enquanto brincava com outras crianças na noite de domingo (22), no Bairro João Antônio Fagundes, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.

As aulas na escola onde o menino estudava foram suspensas na segunda-feira (23).

A coordenadora da escola, Andrea Cristina Massar de Aquino, contou que o clima na escola é de tristeza, porque o menino era querido por alunos e professores.

“Foi um dia atípico. As crianças estavam tristes, desnorteadas. Muitos estavam com os olhos lacrimejando e sentiram a falta desse colega que sempre marcou presença na escola de forma muito querida”, disse.

Segundo Andrea, a vítima sempre tratava as pessoas bem e era muito conhecido na escola e nos bairros vizinhos, pois ele vendia cremosinho, salgados e pães para ajudar a família.

“Ele era uma criança que sempre estava com um sorriso no rosto. Ele sempre abordava as pessoas com abraços. Os professores choraram quando souberam da notícia, pois ele era um aluno que sempre brincava com todos. Era um menino cativante”, ressaltou.

O corpo do menino foi velado na segunda-feira e o enterro aconteceu nesta terça-feira no Cemitério do Lourencinho, em Rondonópolis.

No caminho, além da fanfarra, outros alunos e professores participaram da marcha com balões brancos.

“Era um menino com um futuro brilhante. Não dá para acreditar que aconteceu uma fatalidade dessas com ele”, lamentou o músico Vunibaldo França Dourado, que acompanhou o enterro.

A morte

Segundo a Polícia Civil, a criança teria caído no período da tarde de domingo e morreu por volta de 20h. O menino estaria na rede com outras duas crianças e teria batido a cabeça.

O dono de uma conveniência contou à polícia que viu o momento em que o garoto estava balançando a rede para outras duas crianças. A testemunha foi atender um cliente e, quando retornou, viu que o menino estava caído em cima de um dos braços.

O comerciante disse que ajudou o menino a se levantar e perguntou se ele estava bem. Naquele momento, a criança disse que estava com dor e foi embora.

De acordo com a mãe do menino, ele reclamou sobre a dor de cabeça, mas não falou sobre a queda. Ela afirmou que deu remédio ao filho e ele foi dormir.

Horas depois, ele acordou passando mal. A família chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a criança morreu.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pediu exame de corpo de delito e investiga se, de fato, o menino morreu em razão de uma queda.