PF faz operação para combater grilagem de terra do Incra em MT e Rondônia
Policiais federais estão na sede do Incra para levantar documentos sobre fraudes
A Polícia Federal deflagrou nessa manhã de quarta-feira a Operação Geia, para combater falsificação de títulos de terras do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para grilagem de terras.
A operação suspendeu o expediente da manhã no Incra e só será retomado à tarde. Policiais federais estão na sede do Incra em Cuiabá para levantar documentos sobre fraudes. Um delegado e cinco agentes vasculham arquivos da instituição.
Dez mandados de busca e apreensão são cumpridos, expedidos pela Justiça Federal de Cáceres/MT, nas cidades de Pontes e Lacerda, Cuiabá, Rondonópolis, no estado de Mato Grosso, e Rolim de Moura, em Rondônia.
Os documentos fraudados eram utilizados para obter o registro de imóveis de terras que haviam sido arrecadadas pela União, a partir de falsidade documental, estelionato, associação criminosa, oferta de terras irregulares como compensação de áreas perante a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e apropriação de terras públicas.
A organização criminosa contaria ainda com assessores técnicos, constituída por advogados, que davam orientações quanto ao trâmite jurídico, e laranjas, que emprestavam seus nomes para figurarem como proprietários.
PRÁTICA DOS CRIMES
Durante a investigação, apurou-se que negociadores gerenciavam a venda das terras, agenciando compradores e cuidando para que as terras tivessem seus registros atualizados perante as repartições públicas competentes.
No caso, agentes públicos seriam os responsáveis por facilitar as fraudes e os registros, conferindo veracidade às informações constantes nos documentos apresentados. Averiguou-se, ainda, que grileiros patrocinavam as invasões e persuadiam pessoas a adentrarem na posse das terras.
