O delegado da Polícia Federal, Adair Gregório, que está na linha de frente da operação Grão Branco feita hoje, em Mato Grosso e mais 8 Estados, contra tráfico internacional de drogas, informou que os pilotos de aeronaves presos ganhavam, por cada viagem, cerca de R$ 100 mil para trazer droga do exterior. Cada carga era estimada em R$ 8 milhões. Eles usavam pistas clandestinas em Mato Grosso e a droga seguia em caminhões carregados com grãos para São Paulo sendo levada para vários países. O delegado informou que os “ caminhões eram regulares, tinham nota fiscal da carga e não levantavam suspeitas. Os traficantes precisavam da carga para justificar a viagem”.
A ordem de sequestro de bens, autorizada pela justiça federal em Cáceres, foi para de 12 aeronaves, 108 imóveis e uma empresa (segmento não informado) dentre outros bens dos envolvidos. Foram expedidas 38 ordens de prisões.
A assessoria Polícia Federal confirmou, ao Só Notícias, que em Mato Grosso a operação foi em Sapezal, Cuiabá, Várzea Grande, onde houve prisões em Aripuanã e Arenápolis (Médio Norte).
Gregório destaca que os membros da quadrilha, presos em Cuiabá, davam apoio em pistas clandestinas, carregavam carga e atuavam na falsificação de documentos dos demais integrantes.O líder do grupo, está em um presídio de Corumbá (MS) desde o ano passado, quando foi extraditado pela polícia boliviana, e teve novo mandado de prisão cumprido hoje. “Mesmo na prisão ele tinhas influência sobre as ações da quadrilha do lado de fora”, esclareceu Gregório.
A operação foi feita também em Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul e Paraná. As investigações tiveram início em janeiro de 2019, ocasião em que a Polícia Federal e o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) prenderam 6 pessoas, no município de Nova Lacerda (540 km de Cuiabá), que estavam transportando 495 quilos de cocaína, informa a assessoria.
A Força Aérea Brasileira, GEFRON de Mato Grosso e Polícia Civil dos Estados apoiaram a operação.