A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA) realiza na manhã desta sexta-feira (20) a Operação Imperial para cumprir 55 ordens judiciais contra uma organização criminosa especializada em roubos e adulteração de veículos.
O grupo também atua em outros crimes: tráfico de drogas na modalidade escambo (troca de veículos, objetos de roubo/furto por entorpecentes), receptação, uso de documentos falsos, falsidade ideológica, estelionato, lavagem de capitais e outros.
As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, sendo 13 mandados de prisão temporária, 42 mandados de busca e apreensão, bloqueios de valores e medidas diversas de prisão.
A operação conta com 120 policiais e as ordens judiciais são cumpridas nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Porto Espiridião, Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis.
Investigações
Conforme as investigações da DERFVA, o grupo teve o envolvimento identificado em pelo menos 25 ocorrências, sendo 18 roubos majorados no período de 5 de agosto de 2020 até 2 de outubro de 2020, estimando-se que neste curto período houve um prejuízo às vítimas de cerca de R$ 1 milhão e meio.
Foram identificados três núcleos de atuação da organização criminosa, havendo uma célula dirigida à prática dos roubos de veículos, outra destinada a venda do produto através de estelionato e uma terceira, com o tráfico de drogas.
Participam da operação equipes da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gerência de Operações Especiais (GOE), Delegacia Especial de Fronteira (Defron), Delegacia Fazendária (Defaz), Delegacia e Núcleo de Inteligência de Tangará da Serra e policais da Diretoria Metropolitana (Derf Cuiabá, DHPP, Deddica DEA, Regional de Várzea Grande, Delegacia de Estelionato. Delegacia de Santo Antonio e Delegacia de Chapada dos Guimarães).
Modo de ação
Os crimes atribuídos à organização criminosa seguem um padrão de conduta, independentemente dos criminosos recrutados para execuções dos roubos.
Na maioria dos casos investigados, as vítimas escolhidas são mulheres e os autores dos crimes são homens com diversas passagens criminais, que agem reiteradamente com arma de fogo, utilizando muitas vezes veículos de apoio, com placas adulteradas. As ações praticadas pelos criminosos são notadamente violentas.
Durante as investigações, foi apurado que a organização criminosa aluga imóveis em regiões nobres de Cuiabá, geralmente nas proximidades onde ocorrem os roubos, para guarda dos veículos subtraídos.
Estas locações foram realizadas por meio de perfis falsos do Whatsapp, havendo uma engenharia social no sentido de formalizar virtualmente o contrato.