Um ex-vereador de Rosário Oeste, a 133 km de Cuiabá, foi preso nessa segunda-feira (21) suspeito de furtar madeiras do município que seriam usadas para a construção de pontes na zona rural.
O material estava nas proximidades da ponte sobre o Rio Manso, localizado na comunidade da Forquilha do Manso. Um levantamento realizado pela prefeitura apontou que foram furtadas 30 pranchas de 6 metros, 25 longarinas de 6 metros e 10 longarinas de 2,5 metros.
O ex-vereador foi localizado e preso no município vizinho, Nobres, e encaminhado à delegacia de Rosário Oeste.
À Polícia Militar, ele disse que firmou um acordo com a empresa responsável pela construção das pontes sobre o Rio Manso e o Rio Cuiabazinho para que, em troca de refeições para os funcionários e construção de uma cerca de arame, a empresa cedesse o madeiramento para ele.
De acordo com a polícia, perguntado sobre a autorização para a utilização das madeiras que pertencem ao município, ele respondeu que foi por conta própria, pois o material é pertence à comunidade que ele mora.
Extração ilegal
Ainda durante a ocorrência, a polícia disse que recebeu outra denúncia contra o ex-parlamentar de que ele também estava fazendo extração ilegal de madeiras às margens do Rio Cuiabazinho, em área de preservação permanente.
Em buscas pela região, os policiais encontraram dentro da área de preservação várias árvores recentemente cortadas, uma quantia não contabilizada de pranchas e réguas para construção de curral escondidas no local, todas oriundas da extração ilegal.
Já na propriedade rural do suspeito, os militares foram informados pelo caseiro que o ex-vereador não estava no local, pois havia saído para ajudar na construção da ponte sobre o Rio Cuibazinho.
O funcionário do local disse ainda que, no dia anterior, houve um descarregamento de uma quantidade de madeira no local. Em vistoria na propriedade, a PM encontrou várias árvores cortadas.
Na delegacia, o suspeito disse que o material deixado na propriedade era de uma permuta entre ele e uma empresa.
Ele afirmou que era responsável apenas pelo corte de lenhas que estão amontoadas na fazenda e que receberia R$ 3 mil ao término do serviço.