Quadrilha que é alvo de operação em MT trazia drogas de outro país em mochilas ou motocicletas, diz PF
A organização criminosa que é alvo da Operação Jumbo trazia drogas de outro país em mochilas ou pequenos veículos como motocicletas, de acordo com a Polícia Federal. A ação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (22), contra uma quadrilha que atuava no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Conforme o delegado Regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Jorge Vinícius Gobira Nunes, essa modalidade é conhecia como "caminhada".
"Pessoas transportavam drogas a partir do país vizinho nas costas, em mochilas ou em pequenos veículos, como motocicletas. Esses valores obtidos com o tráfico de drogas eram depositados em empresas de fachadas e os comprovantes desses depósitos eram passados por pessoas que gerenciavam o tráfico para o líder da organização", disse.
O delegado disse ainda que os principais líderes do grupo e os sócios das empresas de fachada foram presos durante essa segunda fase da operação.
"Foram movimentados milhões de reais com essas transações e esse dinheiro, não temos dúvidas, que se trata de tráfico de entorpecentes. O líder já se encontrava preso desde a deflagração da operação em maio e o operador financeiro que assumiu a posição dele após a prisão, foi preso hoje. Também foram presos os sócios das empresas de fachadas que eram responsáveis por passar os comprovantes de depósito do dinheiro", contou.
Na casa do operador financeiro ainda foram encontrados quase R$ 750 mil em espécie que estavam em um cofre, conforme a PF. Ao todo, durante a operação, foram encontrados R$ 898 mil e apreendidas 11 armas.
Nove pessoas foram presas preventivamente nessa fase. Na primeira ação, as investigações apontaram movimentações de aproximadamente R$ 350 milhões.