PF deflagra 4ª fase da operação Lesa Pátria contra envolvidos em atos golpistas

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Sexta, 03 Fevereiro 2023 | G1MT
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (3), a 4ª fase da operação Lesa Pátria contra atos golpistas praticados em 8 de janeiro. Na ocasião, terroristas bolsonaristas invadiram as sedes dos três Poderes, em Brasília.
São cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em cinco estados (Rondônia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo) e no Distrito Federal.
Em Brasília, os mandados de busca e apreensão se referem a um policial legislativo do Senado – suspeito de facilitar, no local, a ação dos golpistas – e a uma advogada que teria recolhido celulares dos terroristas detidos em Brasília.
 
Em Goiás, a PF prendeu Lucimário Benedito Camargo, conhecido como "Mário Furacão". A TV Globo apurou que o suspeito foi preso em Rio Verde, cidade a 230km de Goiânia.
"Brasileiro só subindo a rampa, entrando cada vez mais e os soldados tacando bomba no povo, covardes. O poder emana do povo, o povo não vai sair, o povo não vai deixar ladrão governar o país, narcotraficante e muito menos comunista", declarou Lucimário em um vídeo gravado durante os atos golpistas. Veja abaixo:
Em Rondônia, a Polícia Federal prendeu o ex-candidato a deputado estadual William Ferreira da Silva, conhecido como 'Homem do Tempo'.
Nas redes sociais, William postou vídeos e fotos dos atos antidemocráticos no gramado da Praça dos Três Poderes e, em seguida, filmou a si mesmo e a outros bolsonaristas dentro do STF.
Até as 10h30, tinha sido cumprido também um mandado de busca e apreensão no Espírito Santo. Em São Paulo, há alvos em Hortolândia e em Bebedouro.
A operação Lesa Pátria é tratada pela PF como permanente. Na última sexta, mandados foram cumpridos em cinco estados e no DF.
A PF afirma que os fatos investigados na operação, em tese, constituem os crimes de:
abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado;
associação criminosa;
incitação ao crime;
destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A qualificação dos crimes, no entanto, deve ser feita apenas ao fim das investigações, quando os suspeitos forem denunciados formalmente à Justiça pelo Ministério Público.
Desde os ataques de 8 de janeiro, terroristas foram presos, foi decretada a intervenção federal no Distrito Federal, o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), a identificação de militares envolvidos nos atos e a prisão do ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, que foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A primeira fase da operação foi deflagrada em 20 de janeiro, com oito mandados de prisão e 16 buscas e apreensões. Um dos alvos no Rio de Janeiro fugiu pela janela e, até a última atualização desta reportagem, seguia foragido.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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