Bando tenta explodir muro da PCE; polícia impede fuga
Tudo foi descoberto na noite de quinta-feira (24) De imediato, os PMs montaram um cerco em volta da penitenciária e por volta das 4h desta sexta-feira três camionetes e um veículo Gol pararam em atitude suspeita na porta da PCE. Os motoristas, ao perceberem que havia polícia na redondeza resolveram fugir, mas antes disso abriram fogo contra os policiais e começou a perseguição.
“Eles estavam parados e quando viram os policiais correram. O motorista do Gol abriu fogo contra a viatura, mas nós conseguimos prendê-lo ainda na BR-364. O motorista estava acompanhado de outro comparsa, mas este segundo fugiu pelo mato e não foi encontrado ainda. Os outros motorista das camionetes não foram presos ainda”, comentou o major Esnaldo, responsável pela corporação do 24º Batalhão.
Um plano de resgate na Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, foi abortado pela Polícia Militar na madrugada desta sexta-feira (25). Policiais do 24º Batalhão conseguiram interceptar apenas um dos quatro veículos que estavam prontos para ajudar na fuga dos presos. Nesse carro tinha armas, munições, cordas, ganchos e 20kg de material explosivo que seria usado para detonar o muro e facilitar a fuga em massa.
Com o motorista do Gol, identificado como Jeferson Pereira de Jesus, 25, estavam uma espingarda calibre 12, duas pistolas, cordas, ganchos e cerca de 20kg de material explosivo. Jeferson confirmou aos policiais que o plano era explodir o muro, assim como fizeram em 2012.
ORDEM DA CADEIA
A Polícia Militar fez uma busca minuciosa na ficha de Jeferson de Jesus e descobriu que ele estava preso na PCE pelo crime de receptação e saiu há sete dias, o que tudo indica que o plano tenha sido elaborado dentro do presídio.
“Ele é ex-presidiário e lá dentro, no raio em que ele estava, estão presos alguns nomes de alta periculosidade. O plano foi elaborado lá dentro e todos já sabiam que o muro seria explodido e com isso vários iriam entrar, passar as armas e se possível fazer até agentes carcerários reféns, para evitar que a polícia atirasse. O plano era magnífico, mas nossa ação foi melhor”, disse o major.
Nesse momento, o caso será passado a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que investigará qual facção está por trás desse plano e Jeferson será ouvido antes de ser transferido do Cisc Planalto para alguma cadeia de Cuiabá.
De acordo com o delegado Flávio Stringuetta, chefe do GCCO de Mato Grosso, ainda é muito cedo para dizer qual facção está envolvida, mas assim que for desenrolado o assunto mediante interrogação do único suspeito preso a Polícia Civil vai dizer se pertence ao Primeiro Comando da Capital (PCC) ou outra sigla.