Polícia cumpre mandados contra "Comando Vermelho" em Mato Grosso

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Quarta, 30 Abril 2014 | MIDIA NEWS
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30), a Operação "Grená", na tentativa de fechar o cerco contra a organização criminosa Comando Vermelho Mato Grosso, que é chefiada pelo assaltante Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, que está preso na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. 

São 43 mandados de prisão a cumprir, mas 31 integrantes do CVMT já estão atrás das grades. 

Policiais da Gerencia de Combate ao Crime Organizado (GCCO) tentam prender 12 integrantes do bando, os chamados “soldados”, que ainda estão do lado de fora. 

Segundo o delegado Flávio Stringueta, titular do GCCO, a facção criminosa controla vários presídios em Mato Grosso. 

“Os criminosos são investigados em diversos crimes, como o tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídios, latrocínio e formação de quadrilha, cometidos de dentro do presídio ecom apoio de membros do lado de fora”, disse o delegado. 
Conforme Stringueta, que a operação cumpre, ao todo, 55 ordens judiciais. Na operação, oito presos da Penitenciária Central do Estado, sendo sete ligados ao alto escalão da facção e o líder de outra facção, foram transferidos para um presídio federal no Estado do Rio Grande do Norte.

Equipes policiais começaram nesta manhã a cumprir as ordens judiciais dentro das seguintes unidades prisionais: Penitenciária Central do Estado (18 membros), Centro de Ressocialização de Cuiabá (oito), Ana Maria do Couto May (dois), Cadeia Pública do Capão Grande (dois), em Várzea Grande, Major Eldo Sá Correa/Mata Grande (um), em Rondonópolis.

Conforme o GCCO, o CVMT foi idealizado por Sandro Loucro, juntamente com Renato Sigarini, conhecido por “Vermelhão”, Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus, o “Miro”, e Renildo Silva Rios, conhecido por “Liberdade”. 

Stringreta destacou que os quatro pertencem ao alto escalão da facção, com “altíssima liderança” dentro da unidade prisional e exigem o cumprimento rigoroso do estatuto que rege os princípios da organização, principalmente no que tange o respeito entre os “irmãos”.

Os suspeitos possuem extensa ficha criminal e condenações que somadas ultrapassam 365 anos. 

Dentre os crimes cometidos estão furtos, roubos, extorsão mediante sequestro, tráfico de entorpecentes, associação criminosa, tentativas de homicídios e homicídios.

O nome da operação “Grená” é alusivo à cor utilizada no próprio nome da facção criminosa investigada, denominada “Comando Vermelho”, ou como popularmente é conhecida “CVMT”.
As investigações apontam que o CVMT é uma filial independente da facção Comando Vermelho do Rio de Janeiro, que, na década de 90, foi uma das organizações mais poderosas do Rio e que, mesmo seus líderes estando presos ou mortos, ainda domina pontos de drogas em favelas e morros, onde muitos muros das ruas são pinchados com as iniciais “CV”.

O delegado lembrou que o CVMT surgiu no início de 2013 e foi fortalecido a partir de 1º de julho do mesmo ano.

“Com a explosão do muro da penitenciária Central do Estado, em 20 de agosto de 2012, a Gerência de Combate ao Crime Organizado passou a investigar, com o auxílio da Diretoria de Inteligência, as ações de dentro de presídio”, informou o delegado.

Após esse monitoramento, a Polícia Civil conseguiu constatar, pela primeira vez, a existência do Comando Vermelho em Mato Grosso,

A partir daí, decifrou toda a estrutura organizacional da quadrilha, identificando os principais líderes e membros que vêm financiando diversos crimes e mantendo controle sobre o tráfico de drogas no Estado de Mato Grosso, sobretudo, o denominado "tráfico doméstico", na região metropolitana de Cuiabá.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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