Segundo PF, quadrilha desviou R$ 1,3 milhão de órgão no estado.
Cinco servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram presos pela Polícia Civil nesta quarta-feira (30) suspeitos de desviar R$ 1,3 milhão do órgão entre os anos de 2010 e 2013. A Operação 'Lao foi deflagrada com o intuito de prender seis servidores, no entanto, um deles, que mora em Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá, encontra-se foragido. As prisões foram feitas em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres e Pontes e Lacerda.
Durante o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão, a PF apreendeu R$ 156 mil em dinheiro e cerca de 2 mil dólares, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, dois mandados de condução coercitiva, além dos cinco de prisão.
A maioria dos mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital. Foram seis no total. Conforme a Polícia Federal, os integrantes da quadrilha fraudavam a prestação de contas dos recursos, faziam saques irregulares, emitiam recibos 'incorretos', em nome de pessoas que não prestaram o serviço descrito no documento e até mesmo mortos. Também emitiam notas frias e falsificavam assinaturas de servidores responsáveis pela concessão e aprovação dessas prestações de contas.
A ligação entre as pessoas ficou evidenciada após ser descoberto que os servidores tinham os mesmos prestadores de serviço, tanto empresas quanto pessoas físicas, supostamente falsos. De acordo com a Polícia Federal, os servidores podem responder pelos crimes de peculato - quando se utiliza da condição de servidor público para cometer o crime - e associação ao crime. A pena de prisão pode variar de quatro a oito anos.