Foragidos há 9 dias, os cinco assaltantes integrantes da quadrilha do ‘Novo Cangaço’, podem ter roubado cerca de R$ 300 mil da agência do Banco do Brasil, no município de Nova Maringá (400 km de Cuiabá). Porém, para a imprensa, a instituição não divulgou o valor do montante roubado.
Após o assalto, os criminosos, fortemente armados com fuzis e escopetas, fugiram em três carros levando reféns. Horas depois, o grupo os libertou e entrou em uma região de mata fechada, próximo a São José do Rio Claro. Policias militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) também estão na floresta caçando os bandidos.
Ao RepórterMT, o delegado do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil, Flávio Stringueta, afirmou que no dia do assalto, a instituição financeira teria feito uma operação denominada ‘derramamento’. “Estamos investigando a possibilidade de funcionários do banco, estarem envolvidos na ação criminosa. Já que de maneira misteriosa a quadrilha teria tido a informação do depósito desse montante e, com isso, arquitetado o roubo”, destacou.
Para o delegado, o depósito do montante é estranho, já que diante da quantidade de moradores da cidade, as operações financeiras da agência bancária é considerada baixa, movimentando quantias pequenas.
Segundo Stringueta, as investigações apontaram que o grupo se instalou no município dois dias antes do roubo. “Eles (assaltantes) se hospedaram em um hotel da cidade para planejar o roubo. A agência ainda pode ter sido alvo da quadrilha diante da pouca segurança da cidade, já que têm apenas três policiais militares, trabalhando em uma companhia”, explicou.
O ROUBO
Conforme informações da Polícia Militar, o grupo roubou a caminhonete Hillux de um morador da cidade na entrada da cidade. Com isso, o bando fez o motorista de refém e seguiu até a agência do Banco do Brasil. Ao chegar à agência, a quadrilha que estava fortemente armada com fuzis e escopetas, chegou atirando nas vidraças e instalou o terror nos moradores do município.
Todos os clientes e funcionários foram feitos reféns e colocados na frente da agência, servindo como ‘escudo humano’. Os bandidos ainda fizeram o gerente abrir o cofre e depois fugiram, em duas caminhonetes e um Siena, levando todo o dinheiro e vários reféns, além de um computador que seria como servidor para armazenar as gravações do circuito interno de TV do banco.
Horas depois o bando libertou os reféns e seguiu para uma mata fechada. No momento uma equipe do Bope está na floresta caçando os criminosos. Além de outros policiais de várias cidades vizinhas fazem barreiras nas rodovias para inibir a fuga dos assaltantes.