Latrocínio de estudante de 21 anos gera comoção, revolta e debate sobre punições a executores
Dezenas de amigos e familiares acompanham na manhã de hoje, 29 de dezembro, o velório do jovem Eric Severo Francio, de 21 anos, vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte) na cidade de Sinop, a 500 km de Cuiabá. Vascaíno, apaixonado por pescaria, o rapaz que estudava medicina na cidade de Tubarão, em Santa Catarina, estava em sua cidade para passar as festas de fim de ano em companhia de familiares. Ele saiu de casa em uma caminhonete S-10, placas OBF 6047, e desapareceu.O velório do rapaz é realizado no Memorial Luz e Vida e o enterro está marcado para às 10h30 de hoje. O clima é de revolta. Nas redes sociais é intensa a mobilização social e se registra um intenso debate sobre as punições aos autores do crime e quanto a aplicação da pena de morte no Brasil.
O veículo usado por Eric foi localizado e apreendido no dia seguinte ao roubo pela Polícia Rodoviária Federal na saída da cidade de Campo Grande em direção a São Paulo. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) localizou o veículo e prendeu com o mesmo Marcio Marciano Batista, de 30 anos, e Rafael Bueno dos Santos Missuco. Ambos confessaram a execução do jovem, cujo corpo foi encontrado no domingo, 28, a cerca de 200 quilômetros da sede da cidade de Sinop.
No Facebook, a mãe do rapaz postou uma mensagem de fé ao filho” que Nossa Senhora, passa na frente guia e ilumine os caminhos de Eric Francio Severo”. A postagem foi realizada antes da localização do corpo.
Há 15 horas, o advogado e pai do rapaz fez uma última postagem na rede social "Meus amigos. Muito obrigado a todos. Mas a realidade é que perdemos o Eric Francio. Agradeço a todos pelo empenho e pelo apoio...
Na página do Facebook do portal Olhar Direto são dezenas as mensagens de apoio á família enlutada. Liza Mangieri cita “lamentável...Que maldade meu Deus. Espero que esses bandidos nunca mais tenham paz. Que Deus castigue fazendo corroer de dor na consciência”.
Outro que também se solidariza com a tragédia e também relata ter sido vítima da violência é Allan Fontes...“Meus sinceros pêsames à família. Passei por essa situação esse ano, em agosto. Que Deus conforte a todos!”
Em outra postagem, Maurício Petraglia Júnior defende: "Por isso sou a favor da pena de morte para latrocínio. Se houvesse essa pena o menino possivelmente estaria vivo, pois os meliantes o teria amarrado em algum lugar enquanto empreendiam fulga, mas pelas nossas leis brandas é mais fácil matar... Viva os direitos humanos!".
A morte do estudante também mobilizou, na cidade de Campo Grande, Mães da Fronteira, que postaram em redes sociais um desabafo questionando a legislação penal no país. “As pessoas são sequestradas e assassinadas porque a impunidade é o reforço positivo para que criminosos continuem agindo de dentro de presídios, onde supostamente deveriam estar incomunicáveis, e os cidadãos aqui fora protegidos desses monstros", diz a publicação da página.