Após madrugada de terror, autor dos ataques acaba preso e ônibus voltam a trafegar normalmente em Cuiabá
Após quatro ônibus na Grande Cuiabá terem sido incendiados e recolhido para as garagens, áudios, via mensagens de Whatsapp, começaram a ser repassados informando que novos atos de violência teriam como alvo as forças policiais estaduais, demais serviços de segurança pública, e até mesmo a pessoa do governador Pedro Taques (PSDB). Segundo a assessoria de imprensa da MTU, a frota voltou a circular normalmente hoje (11) pela manhã.
Cerca de cinco horas após o registro dos primeiros ataques a coletivos, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) anunciou a identificação do mentor da ação, o detento da Penitenciária Central do Estado (PCE) Reginaldo Aparecido Brito. Ele foi identificado e encaminhado para depoimento perante a Polícia Civil. Outro envolvido nas ações, o ex-presidiário Fabiano Halailthon de Souza, o Peruca, foi detido no bairro Pedra 90.
Segundo o Governo do Estado, os arquivos estão sendo encaminhados às forças policiais e farão parte das investigações. Desde o início da noite desta sexta (10), a Polícia Civil apura se os ataques seriam uma retaliação às consequências da greve dos servidores do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen), que provocou a interrupção das visitas nos presídios e do banho de sol dos detentos. O movimento grevista reivindica o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28%
Na madrugada, o secretário de Segurança Pública, Roger Jarbas, informou que pelo menos cem viaturas reforçam o policiamento na Grande Cuiabá. Em sua página na rede social, o governador afirmou "Força total e postou foto lado das forças mobilizadas para combater a criminalidade".
O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen), João Batista, conformou que dois servidores foram alvos de ataques ,porém não ficaram feridos. O Sindspen diz que os atentados são represálias de detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE) à greve dos agentes penitenciários no estado. "Houve ameaças e os servidores tiveram cautela. Os casos registrados foram parecidos. Em Cuiabá o agente estava em uma reunião e foi para casa por volta de 19h30. Ele foi abordado por alguns indivíduos e correu para casa. Ele teve a residência e o veículo baleados. Em Várzea Grande, perto do 4º Batalhão da Polícia Militar, alguns homens atiraram contra a casa e o carro de outro agente”, esclareceu.
A morte de um agente penitenciário após ataque na Avenida Jurumirim chegou a ser divulgada ontem à noite. Entretanto, a vítima não fazia parte das forças de segurança pública.
Trending Topics
Durante a noite de terror, Cuiabá acabou sendo destaque numa das principais mídias sociais do mundo: o twitter. No chamado trending topics - assunto do momento - a Capital liderou o número de comentários sobre os ataques a ônibus, carro, moto e agentes prisionais vítimas de atentado.