Ataques foram comandados por 4 detentos do maior presídio de MT

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Segunda, 13 Junho 2016 | G1 MT
Os últimos ataques ocorridos em Mato Grosso, entre sexta-feira (10) e domingo (12), foram comandados por quatro presos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), os quatro detentos foram identificados e autuados por organização criminosa e crime de incêndio. Supostamente os ataques teriam sido ordenados por detentos como represália à greve dos agentes penitenciários no estado.
 Os ataques ocorreram em Cuiabá, Várzea Grande, Primavera do Leste e Barra do Garças. Na capital três ônibus foram incendiados, agentes penitenciários foram alvos de atentados, além de tiros que foram disparados contra prédios e bases da polícia. Uma viatura da PM, uma Kombi e dois carros que pertence ao sistema prisional também foram incendiados.

O primeiro preso, identificado como Reginaldo Aparecido Moreira, foi apontado no sábado (11) como o mentor da onda de ataques. Ele é condenado pelos crimes de tráfico de drogas e homicídio. Outros três detentos foram identificados e autuados na noite de domingo: João Luiz Baranosk, Reginaldo Silva Rios e Carlos Alberto Vieira Teixeira. A Sesp diz que os três também organizaram as ações de dentro da unidade onde cumprem pena.
 Depois dos ataques, uma revista foi feita entre os raios 3 e 4 da Penitenciária Central do Estado. Foram encontrados aparelhos celulares e materiais diversos que comprovariam a participação dos presos nas ordens de ataques criminosos em Mato Grosso.

Mentores
Conforme informações de processos criminais pela Justiça de Mato Grosso, os quatro presos foram condenados ou respondem a diversos crimes, entre eles assalto a banco, roubo, homicídio e tráfico de drogas. O mentor dos ataques, Reginaldo Aparecido Moreira, responde por tráfico de drogas e homicídio.

O segundo preso, João Luiz Baranoski, de 34 anos, é citado em quatro processos em Mato Grosso, sendo em Porto dos Gaúchos, Tabaporã, Cláudia e Sinop. Ele é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como integrante de uma quadrilha que assaltava agências bancárias em Mato Grosso, Acre e Rondônia.
 Em um dos processos, ele é tido como integrante de uma organização criminosa que assaltou uma agência bancária em Tabaporã, em setembro de 2009. Naquela ocasião seis homens fortemente armados e encapuzados dispararam contra as portas do prédio e fizeram reféns. Clientes e funcionários foram obrigados a se prostrarem à frente da agência sob a mira das armas.

As vítimas foram colocadas como 'escudo humano' para impedir a aproximação dos policiais da cidade. Desse assalto a quadrilha conseguiu levar R$ 166 mil do cofre do banco. O terceiro preso, identificado como Reginaldo Silva Rios, de 35 anos, é condenado por tráfico de drogas e responde a processos em Cuiabá e Várzea Grande.
 Reginaldo também é apontado, conforme informações dos processos judiciais, é considerado um dos chefes de uma organização criminosa que age de dentro dos presídios em Mato Grosso. O último preso, Carlos Alberto Vieira Teixeira, de 35 anos, responde por roubo em Barra do Bugres e Cuiabá.

Prisões
Além dos quatro detentos que foram identificados como os organizadores dos ataques, a polícia prendeu, até este domingo, 16 pessoas que teriam envolvimento nos casos. No sábado, 14 pessoas foram presas, sendo 10 em Cuiabá e Várzea Grande, e outras quatro em Primavera do Leste, onde foram queimadas uma viatura desativada da Polícia Militar e um veículo utilitário.

No domingo, policiais militares de Barra do Garças prenderam duas pessoas suspeitas de atear fogo em duas viaturas do Sistema Socioeducativo do município. A Sesp diz que continua as investigações para identificar novos participantes dos ataques.

Ataques em Cuiabá
A Polícia Civil investiga se os ataques seriam uma retaliação à suspensão das visitas nas unidades prisional devido à greve dos agentes prisionais, que estão trabalhando com um efetivo menor. Na sexta-feira (10), três ônibus foram incendiados em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana. No mesmo dia, a casa de um agente prisional foi alvo de tiros, assim como o veículo de outro agente.

Uma viatura da Polícia Militar e uma Kombi também foram incendiados na noite desta sexta-feira (10) na cidade de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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