A Gerência de Combate ao Crime Organizando, da Polícia Judiciária Civil, prendeu no domingo (21), o 16º integrante da organização criminosa, investigada na operação “Luxus”, que subtraiu mais de R$ 5 milhões em roubos e furtos, praticando em pelo menos dez agências bancárias no Estado de Mato Grosso.
O suspeito é Julyender Batista Borges, que foi preso no bairro Jardim Paula I, em Várzea Grande, ao chegar à residência de sua mãe. Na investigação, Julyender está vinculado ao roubo do Banco do Brasil, da Avenida Pernambuco, no bairro Morada da Serra II, ocorrido no dia 13 de novembro de 2016.
Dos 17 membros com mandados de prisão expedidos pela 5ª e 7ª Varas Criminais de Cuiabá e Vara Criminal da Comarca de Poconé (104 km ao Sul), apenas Robson Antônio da Silva Passos, conhecido por “Robsinho”, está foragido.
Indiciamentos
A primeira fase da operação “Luxus” foi concluída na sexta-feira (19.05) com o indiciamento de 17 criminosos nos crimes de furto qualificado, roubo majorado e organização criminosa. “A participação deles em outros crimes será investigada em inquérito policial complementar”, afirmou o delegado do GCCO, Diogo Santana Souza.
O GCCO encaminhou à Justiça três inquéritos, um para 5ª Vara Criminal e outro para 7ª Vara Criminal, ambas de Cuiabá, e o terceiro foi enviado à Vara Criminal de Poconé.
Operação Luxus
A operação foi deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, no dia 4 de maio, depois de mais de seis meses de investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado, que culminaram na decretação de 22 mandados de prisão contra 17 membros da organização criminosa, que ostentava nas redes sociais viagens fotos e vídeos de viagens, veículos importados e passeios suntuosos.
No roteiro das viagens está o Rio de Janeiro, local preferido dos integrantes da organização criminosa. Na cidade maravilhosa, os assaltantes contrataram passeios de helicópteros por pontos turísticos do Rio e "torraram" dinheiro no Carnaval do Sambódromo da Marquês de Sapucaí.
Alguns dos 17 alvos tiveram mais de um mandado de prisão decretados pela Justiça, em três inquéritos, sendo o primeiro referente ao roubo ao Banco do Brasil, da Avenida Pernanbuco, bairro Morada da Serra II, em 13 de novembro de 2016; o segundo do furto qualificado ao banco do Brasil de Poconé, ocorrido no dia 5 de fevereiro de 2017, e o terceiro inquérito, pelo crime de organização criminosa.
Somente em dois dos assaltos os membros da quadrilha subtraíram cerca de R$ 2 milhões, que foram 'investidos' em veículos (carros e motos) importados, lanchas, viagens, festas com amigos e mulheres. Tudo era ostentado abertamente nas redes sociais.
Modus Operandis
Para entrar nos bancos, da capital e do interior, os bandidos faziam o levantamento de pontos vulneráveis da agência, escolhiam dias e horários com pouco movimento de pessoas nas ruas, como os finais de semana e feriados. Eles promoviam a quebra da parede e o desligamento do alarme com uso de bloqueadores de sinal, impedindo que o sinal fosse acionado, desligavam câmeras e assim trabalhavam tranquilamente na abertura caixas eletrônicos e dos cofres instalados dentro das agências, de onde retiravam grandes somas de valores.
Além da destruição das instalações físicas, é grande o prejuízo financeiro as instituições financeiras e à população com fechamento das agências bancárias, que permaneceram com as portas trancadas por dias até o reparo dos danos prediais e o retorno dos serviços bancários aos moradores, como ocorreu na cidade de Poconé (104 km ao Sul), num dos furtos registrados ao Banco do Brasil, ocorrido em 5 de fevereiro de 2017.