De acordo com a Força Aérea, três aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano da FAB e um avião radar E-99 foram empregadas para monitorar e interceptar o avião proveniente da Bolívia. Ele transportava cerca de 500 kg de cocaína.

O piloto de defesa aérea seguiu o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro, conforme estabelece a Lei 7565/1986 e o Decreto 5.144/2004, interrogando o piloto do bimotor, mas não obteve resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como suspeita.

Na sequência, o piloto de defesa aérea ordenou a mudança de rota e o pouso obrigatório no aeródromo de Cuiabá (MT), porém o piloto do avião interceptado não obedeceu. Quando a defesa aérea estava prestes a comandar o tiro de aviso, o avião interceptado realizou pouso forçado na área rural de Nova Fernandópolis.

Um helicóptero da Polícia Militar de Mato Grosso foi acionado e transportou a equipe da Polícia Federal para fazer a abordagem da aeronave no solo.

"O objetivo do policiamento do espaço aéreo foi cumprido. Reforçamos a importância da apresentação de plano de vôo para quem voa em nosso território", disse o Comandante de Operações Aeroespaciais da FAB, Tenente-Brigadeiro Carlos Vuyk de Aquino.

De acordo com informações da Polícia Militar, a aeronave vinha sendo monitorada desde sua saída da Bolívia. A FAB ordenou que o avião pousasse em Tangará da Serra, onde a força policial aguardava para realizar a prisão, mas foram desobedecidos.

O piloto então seguiu, passou por Barra do Bugres, Denise e veio a pousar em Nova Fernandópolis, fora da pista. O piloto então teria saído do avião e conseguiu fugir. Equipes das polícias Federal e Militar ainda estão no local fazendo as diligências, mas até o momento o piloto ainda não foi encontrado.