Selma promete esforço para retirar mais dois senadores do partido de Bolsonaro: “chega de clãs”

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Quarta, 18 Setembro 2019 | OlharDireto
Indignação, submissão, respeito e coragem foram algumas das palavras que tiverem destaque na fala emocionada da senadora Selma Arruda, durante ato de filiação ao Podemos nesta quarta-feira (18), em Brasília. A parlamentar deixou o PSL sob a alegação de ter sido pressionada pela derrubada da CPI da Lava Toga. Na cerimônia de hoje, a juíza aposentada foi às lágrimas, fez um duro discurso contra as oligarquias, a velha política e os clãs que segundo ela tentam mandar no país. E ainda que não tenha personificado sua declarações, prometeu empenho para retirar pelo menos mais dois senadores do partido do presidente da República.
“Meu eterno líder, Major Olímpio (PSL), é o homem mais integro e corajoso que eu conheço. Foi você que me fez chorar, viu?! É uma pessoa que está enfrentando também dificuldades por defender suas convicções e aquilo que é correto para o Brasil. Chega das oligarquias e da velha política, chega de clãs mandando nesse país. A gente não pode e não precisa deixar que isso aconteça, a submissão não pode ser mais uma regra. Democracia é um Parlamento livre. Eu me emociono não é por ser mole, é porque eu sou corajosa. Essas lagrimas são de indignação, não tem outro sentimento. Então, fica para o meu eterno líder major Olímpio e para a minha irmã Soraya [Thronicke ] (PSL): não estamos nos despedindo, se Deus quiser será um ‘até daqui a pouco’, porque nós vamos esperar e insistir muito para que vocês venham para o Podemos, porque aqui é um lugar onde vocês vão ser respeitados e acolhidos”, disse Selma Arruda.
Selma confirmou sua desfiliação do PSL no último final de semana, depois de muita especulação. No início do mês, em entrevista ao Olhar Direto, revelou que o descontentamento com a sigla havia sido motivado pela pressão partidária pela derrubada da Comissão Parlamentar de Inquérito que pretende investigar integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), que ficou conhecida como CPI da Lava Toga.
A articulação contra a CPI é feita pelo filho de Jair Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro, que segundo Selma teria, inclusive, gritado com ela ao telefone. Em mensagem divulgada por sua assessoria de imprensa, o filho do presidente negou as acusações e disse entender “o momento difícil que ela [Selma] está passando”, referindo-se ao processo de cassação que a senadora enfrenta.
Além de Selma, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio, e a senadora do Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke, também anunciaram publicamente a pretensão em deixar a legenda por conta do trabalho de Flávio Bolsonaro pela derrubada da CPI.
Major Olímpio participou da cerimônia de filiação de Selma nesta quarta-feira e prometeu estar ao lado da senadora independente de suas bancadas.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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