Emanuel x Mendes: prefeito admite colisão, mas prega unidade e recomenda a ‘boa prática política’ institucional ‘
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), define que o seu relacionamento com o governador Mauro Mendes (DEM), da forma como está, não é salutar para nem um dos dois lados. Em entrevista de fim de ano com o diretor e apresentador da TV Cuiabá, 47.1, jornalista Maksuês Leite, na sexta-feira (20), em seu gabinete no Palácio Alencastro, o prefeito foi direto quando questionado sobre o assunto: – “Olha, bom não é. O prefeito da Capital e o governador, é de bom tom e recomenda a boa prática política, que convivam o bem institucionalmente em alto nível”, disse o prefeito.
Conforme Pinheiro, prefeito e governador devem se preocupar, e, “juntos, resolver os problemas da cidade mais importante do Estado. Não precisa ser amigos não. Não precisa estar juntos, passar o fim de semana juntos, sentar e tomar cerveja, não. Agora, é recomendável que ambos tenham a responsabilidade institucional com o cargo que ocupam e possam discutir obras, ações e projetos que melhorem a vida das pessoas, melhorem a cidade referência e maior do Estado”.
Para o prefeito, infelizmente o seu relacionamento com o governador democrata tomou esse rumo. “Tentei de todas as formas evitar, não sei o que levou o governador a essa posição tão sectária, tão radical, de hostilidade e de tanta agressão gratuita a mim. Mas, independente disso, Cuiabá não pode parar”, afirmou, argumentando que seu compromisso é com a cidade e que o Estado tem compromisso com Cuiabá.
“Nós temos aí uma responsabilidade com a nossa cidade. O estado tem seus compromissos com a cidade e isso eu vou cobrar, tenho cobrado e cobro. O que é de Cuiabá eu não abro mão. O que pertence à população cuiabana eu não sedo, não negocio, não abro mão e o Estado tem que fazer o seu papel. Cumprir a sua parte”, disse o prefeito cuiabano.
Devido ao quadro de turbulências no relacionamento com o governador, Emanuel Pinheiro adiantou que vai tentar uma aproximação para o bem de Cuiabá. “Vamos tentar, através das forças políticas que eu transito muito bem, especialmente a bancada municipal, bancada estadual e, essencialmente, a bancada federal. Vamos torcer que através delas possamos construir mais pontes e menos paredes nessa relação que realmente não é muito boa”, completou o emedebista.