O vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) confirmou nessa terça-feira (14) que é pré-candidato ao cargo de senador da República, na eleição suplementar, prevista para ser realizada em abril, para a vaga de Selma Arruda (Podemos), cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por caixa 2 e abuso de poder econômico. Em entrevista ao programa resumo do dia, na TV Brasil Oeste, Piveta disse que comunicou sua decisão ao governador antes do Natal e que isso ocorreu após a confirmação da cassação de Selma pelo TSE no dia 10 de dezembro, e da publicação do acórdão no dia 19.
“Eu realmente tenho essa intenção, estou determinado a construir minha candidatura. Obviamente estou aguardando os fatos, aguardando a data da eleição, aguardando as definições que ainda não existem para depois me pronunciar definitivamente sobre a minha real posição”, disse o vice-governador.
Na entrevista, Pivetta contou sobre a reação do governador quando comunicou sua decisão de concorrer à eleição. “Ele ouviu respeitosamente, não falamos mais nada. Devo falar com ele esta semana sobre assuntos do governo e também sobre esse [candidatura ao senado], mas a minha intenção foi registrada logo na sequencia da noticia que tivemos que haveria nova eleição”.
Nesta segunda-feira, Mauro Mendes em conversa com a imprensa disse que seu desejo é que Otaviano Pivetta continue ao seu lado no governo, por ser um “grande companheiro e um grande político”, que tem se dedicado e contribuído com o governo. Porém, Mendes disse que respeita o desejo de Pivetta de concorrer a Senado.
Mauro Mendes já manifestou publicamente sua intenção de apoiar o ex-governador Carlos Fávaro na eleição suplementar ao Senado. Nas eleições de 2018, os dois estiveram no mesmo palanque. Fávaro disputou para o Senado na chapa de Mauro Mendes, que acabou sendo eleito governador, enquanto Fávaro ficou em terceiro lugar. “Manter o apoio seria uma questão de “coerência”, justificou Mauro Mendes.
SUPLENTES
Na entrevista ao Programa Resumo do Dia, Otaviano Pivetta disse que já conversou com cerca de 50 lideranças, dentre elas, com o ex-senador Cidinho Santos (PL) e o ex-deputado federal Adilton Sachetti (PRB), que disputou a eleição para o Senado em 2018 e ficou em quarto lugar. A informação, é que Pivetta teria convidado Cidinho e Adilton a primeira e segunda suplência, respectivamente, mas ele não confirmou e disse que ainda não tem nada decidido.
“Eu conversei com algo como 50 lideranças, pessoas que eu tenho mais proximidade, nesse período, inclusive com o Cidinho e com Adilton Sachetti. Não tem nada decidido, não avançamos em nenhuma hipótese, as coisas estão ainda muito incipientes, muito no inicio. É verdade que tem muitas manifestações de candidaturas, é legitimo, isso tudo vai começar a vir para a mesa daqui para frente, eu acredito”.
Na escolha de uma eventual chapa para concorrer ao Senado, Pivetta também vai levar em conta o peso da Capital e da Baixada Cuiabana no cenário político, na hora de definir as vagas para a suplência. “São cerca de 40 por cento dos votos de Mato Grosso. Não só por isso, mas especialmente sobre a relevância que tem esse aglomerado urbano e os problemas neles presentes”.
Oriundo da região centro-norte, Pivetta já foi prefeito de Lucas do Rio Verde por três mandatos e atualmente reside em Cuiabá, por estar ocupando o cargo de vice-governador.