Deputado estadual, Ludio Cabral (PT), revelou nesta segunda-feira (3) que articula junto com outras legendas de centro-esquerda, definir um grande arco de aliança para “brigar” contra a frente do agronegócio e “bolsonarista”, na disputa a eleição suplementar ao Senado, que será realizada no dia 26 de abril.
Neste domingo (2), lideranças partidárias se reuniram para definir as legendas que fariam parte do grupo político durante a "3ª reunião do campo Democrático e Popular". Além do PT, integram o bloco o PCdoB, PSB, Rede, PL, SD, PROS e PV.
“Há um bloco que é o um bloco dos gigantes das economia do Estado, os gigantes do agronegócio que vão apresentar uma, ou mais de uma candidatura. Tem o Fávaro, tem Pivetta, Nilson Leião e vão para o Senado para continuar representando esses interesses. Há um outro bloco político que é o bloco do Bolsonarismo que tem o Medeiros, o Barbudo e há um bloco que eu entendo ser necessário ser construído que eu chamaria de partido do Campo Democratico Popular”, explicou Ludio durante entrevista a Rádio Metrópoles.
Entre as principais lideranças deste bloco, estão os deputados Max Russsi (PSB) e Valdir Barranco (PT). Segundo Lúdio, a aliança ainda possui outros nomes “competitivos” para lançar ao pleito. “No PCdoB tem a professora Maria Lucia, o PSB tem o deputado Max Russi, o Solidariedade tem o deputado Dr. Leonardo, a Rede sustentabilidade tem Sebastião Carlos que foi candidato ao Senado na eleição passada e o PROS tem a Gisela Simona”, listou.
Além dos citados, o grupo deve contar ainda com apostas do Partido Verde (PV) com o secretário de Serviços Urbanos de Cuiabá, José Roberto Stopa, o vereador Mario Nadaf, o deputado Faissal Calil. No Partido Liberal, o nome cotado é do presidente da AMM (Associação Mato-grossense dos Municípios), Neurilan Fraga).
Lúdio, que constantemente tem seu nome colocado para a disputa, disse que este não é seu projeto. Segundo ele, o PT tem seis nomes para o concorrer ao pleito.
“O PT tem quadros qualificadíssimos para fazer essa disputa e uma resolução da executiva já apontou alguns nomes como a deputada federal Rosa Neide, o deputado estadual Valdir Barranco, o ex-deputado federal Carlos Abicalil, Professora Enelinda Escala, Professora Edna Sampaio, o Henrique Lopes que é o primeiro suplemente de deputado estadual”, complementou.
Contudo, Ludio alega que é necessário amadurecer a ideia e por isso as siglas devem continuar se reunindo até a definição final do postulante que irá concorrer a cadeira deixada por Selma. “Essa agenda de diálogo entre os partidos vai continuar acontecendo para até o momento da tomada de decisão, que eu acredito que seja na primeira quinzena de março”, finaliza.
A eleição suplementar ao Senado ocorre após a decisão do do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) que por 7 votos a 0 cassou o mandato da senadora Selma Arruda (Podemos) por prática de caixa dois, abuso de poder econômico e propaganda extemporânea durante a pré-campanha. Na última semana o TRE definiu que a votação será realizada no dia 26 de abril.