Considerado uma das principais lideranças do Democracia Cristã em Mato Grosso, o deputado estadual Elizeu Nascimento (DC) se declarou nesta quinta-feira (7), pré-candidato na eleição suplementar ao Senado, que irá definir o substituo da senadora cassada Selma Arruda (PODE). De acordo com o parlamentar, sua candidatura deve contar com o apoio e suplência do Partido Social Liberal (PSL). “Houve uma reunião entre os presidentes nacionais dos partidos e fomos procurados devido a algumas pesquisas, inclusive de bastidores, que chegou a conhecimento desses e assim sendo nossos nome foi homologado como pré-candidato a senador pelo Democracia Cristã, com a primeira suplência do PSL”, explicou em entrevista ao Jornal do Meio Dia.
De acordo com o parlamentar, a união faz parte de uma orientação da direção nacional que decidiu unir ambos os partidos na disputa. Ele revela que já foi procurado para compor outras chapas.
Contudo, o partido optou por lançar candidatura própria. “Estou no meu mandato de deputado estadual. Esse mandato hoje tem sido positivo para a população mat-grossense, mas nós também somos partidários e visamos essa busca por uma representatividade maior da nossa população”, complementou.
Em 2018, o PSL elegeu a senadora Selma Arruda e deputado federal Nelson Barbudo com a bandeira do “combate a corrupção”. No entanto, Elizeu adianta que não deve seguir os mesmos passos.
Segundo ele, o DC já possui suas próprias convicções que serão mantidas durante a “briga” eleitoral. “A ideologia que nós temos é a mesma que nós vamos continuar adotando, a de sempre, que é fazer a política de forma independente. Aquilo que é benéfico e adotado pelo presidente nacional nós iremos trabalhar para que seja aprovado”, pontuou.
Restando três meses para a eleição, ao menos 30 políticos e aspirantes já se movimentam como pré-candidatos à vaga. Entre eles, o ex-governador Julio Campos (DEM), o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), os ex-deputados federais Adilton Sachetti (Republicanos) e Nilson Leitão (PSDB) e o ex-vice-governador Carlos Fávaro. A eleição suplementar ao Senado após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) que cassou o mandato da senadora Selma Arruda por prática de caixa dois e abuso de poder econômico, além de propaganda extemporânea durante a pré-campanha, ao contratar com uma empresa de publicidade com valores acima de sua capacidade financeira.
A denúncia foi impetrada por Faváro em outubro de 2018. Para o Ministério Público Federal, as apurações e a quebra de sigilo bancário da senadora e seus suplentes comprovaram que a ex-juíza contraiu despesas de natureza tipicamente eleitoral de, no mínimo, R$ 1,2 milhão.