Não vim governar para os ricos de MT, afirma Mauro para lideres comunitários
“Os que reclamam vão continuar reclamando. Eu não vim governar para os ricos deste Estado, mas para a grande maioria da população que precisa do poder público”. Foi isso que o governador Mauro Mendes (DEM) garantiu para as lideranças comunitárias presentes no encontro realizado na manhã desta terça (18), no Palácio Paiaguás.
O discurso contra os ricos chamou atenção porque em 2018, Mauro declarou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) patrimônio de R$ 113, 4 milhões. Já o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) possuía R$ 379,4 milhões.
Apesar de ser industrial e Pivetta empresário do agronegócio, Mauro afirmou perante os líderes comunitários que fez os enfrentamentos necessários para “consertar” as finanças do Estado. Por isso, sustenta que todos os setores da economia e o servidores deram sua contribuição.
“Nós fizemos os enfrentamentos necessários para consertar esses Estado. Eu dizia, inclusive na campanha, e disse para várias pessoas, que todos teriam que contribuir. O agronegócio teve que contribuir, a indústria teve que contribuir, o comércio e os servidores tiveram que contribuir”, completou.
Os produtores rurais, representados pela Sociedade Rural Brasileira (SRB), ingressaram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), questionando a legalidade da cobrança do Fethab. Entidades empresariais também contestam ajustes na tributação promovidas pelo Governo do Estado, alegando aumento de impostos.
“Grande parte dos recursos do Fethab, arrecadados do agro, beneficiam milhares de mato-grossenses. Parte desses recursos foram aplicados na conclusão de 64 obras ao custo de R$ 469 milhões e nas outras 119 que estão em andamento”, pontuou o governador.
No discurso, Mauro destacou que em 2018, a folha de pagamento consumiu 84% da receita de Mato Grosso. Já em 2019, o valor foi reduzido para 75%.