Deputados divergem sobre adiamento e acreditam que PEC pode ser rejeitada pelo Congresso

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Segunda, 29 Junho 2020 | ReporteMT
Após o Senado Federal aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC n°18) que adia as eleições municipais de outubro para o dia 15 (1° turno) e 29 de novembro (2° turno), devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o projeto chegou à Câmara dos Deputados na semana passada. Os deputados federais da bancada de Mato Grosso tem opiniões diferentes sobre a mudança, no entanto, acreditam que a PEC tenha dificuldade de ser aprovada por falta de consenso.
O deputado José Medeiros (Podemos) acredita que a proposta nem seja votada pela Câmara Federal. Ele disse que o presidente da Casa, Rodrigo Maia, gosta de votar os assuntos quando há consenso sobre a matéria, o que não ocorre sobre PEC.
Medeiros comentou que há corrente que defende que não tenha mudança, apenas adoção de medidas de biossegurança contra o coronavírus.
"Boa parte dos deputados entendem que não faz muita diferença entre outubro e novembro. Grande maioria entende que deixar as eleições para novembro pioraria em termos de contaminação, em termos de aglomeração, porque aumentaria o número de candidatos e cabos eleitorais em busca de votos e isso ajudaria na proliferação do vírus, ao passo que as eleições em outubro se fosse feita com todos os cuidados, inclusive dividindo a votação por faixa de idade, seria muito eficaz", defendeu.
Outro que também entende que a proposta não vai conseguir votos necessários é Neri Geller (Progressistas). Ele defendia a prorrogar os mandatos dos prefeitos e vereadores até 2022 e unificar as eleições municipais e geral, mas como o movimento perdeu a força, o progressista disse que é favorável para adiar a eleição de outubro em um mês.
"Particularmente, sou a favor. Acho que não tem as mínimas condições de fazer eleição agora, mas eu vejo dificuldades em passar pela Câmara, porque tem muita gente que é contra, tem muita gente que acha que a pandemia vai se estender", disse.
A deputada Rosa Neide comentou que vai seguir o entendimento do seu partido, o Partido dos Trabalhadores (PT), que é a favor da mudança da data, desde que sejam adotadas todas as medidas de evitar contágio do vírus. A petista, diferente dos seus colegas, acredita que possa haver um entendimento sobre o tema.
"Essa discussão é muito forte, mas eu acredito que vai vigorar o bom senso, inclusive com a orientação do TSE [Tribunal Superior Eleitoral], e vamos, eu creio que se não for na próxima semana, ou na outra já vai ter articulação para o voto", declarou.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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