Líder da bancada de MT diz que Bolsonaro deve indicar ministro pacificador
O coordenador da bancada federal de Mato Grosso no Congresso, deputado federal Neri Geller (PP) evitou comentar a conturbada passagem do ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli pela Pasta, mas disse esperar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encontre um substituto capaz de pacificar a situação entre a cúpula do Ministério da Educação e a gestão das universidades e institutos federais. A crise na relação vem desde a gestão de Abraham Weintraub. Anunciado na última quinta-feira (25) como o novo ministro da Educação, Decotelli acumula ao menos quatro polêmicas sobre a sua formação acadêmica.
“Eu to acompanhando com bastante cautela, eu queria que o presidente Bolsonaro tivesse indicado um ministro que tivesse condição de pacificar um pouco a categoria de acadêmicos, das universidades. Eu não vou ter uma posição crítica com relação a saída, mas espero que o presidente traga alguém que traga essa estabilidade para a educação do País”, considerou Geller.
Entre os pontos questionados no currículo de Decotelli estão denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), declaração de um título de doutorado na Argentina, que não teria obtido, além de pós-doutorado na Alemanha, não realizado.
As titulações estavam declaradas no perfil pessoal de Decotelli na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC). Essa plataforma integra dados de currículos, grupos de pesquisa e de instituições em um único sistema. Ela é autodeclaratória – são os próprios pesquisadores que atualizam os dados – e é considerada um padrão nacional para registro da vida acadêmica.
Em meio à polêmica, Decotelli sua carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro.O Palácio do Planalto ainda não anunciou oficialmente a saída do ministro. A expectativa é encontrar um novo nome para o posto ainda nesta terça. A informação foi confirmada pelo assessor especial do ministro, Paulo Roberto.