O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) reprovou as contas de campanha do ex-governador Pedro Taques (SD) e seu vice, Rui Prado (PSDB), referentes ao pleito de 2018. As contas do ex-gestor foram reprovadas por unanimidade em sessão realizada na manhã desta quinta-feira (06).
O julgamento teve como relator o juiz Sebastião Monteiro, que votou apontando irregularidades nos gastos da campanha de Taques. De acordo com o magistrado, 46% dos gastos efetuados no pleito pelo ex-governador não foram regularizados.
No relatório da Coordenadoria de Controle Interno e Auditoria (CCIA) do TRE, a campanha de Taques teve gastos que juntos alcançam a ordem dos R$ 4,8 milhões. Contudo, a origem de cerca de R$ 2,2 milhões não teria sido esclarecida.
De acordo com a verificação da CCIA, foram notificados três inconsistências e oito irregularidades nas documentações referentes aos gastos de campanha apresentados. As falhas verificadas variavam desde origem desconhecida de dinheiro até incoerências no pagamento de impulsionamento em rede social.
"Tenho que as irregularidades acima descritas são suficientemente graves para impor a desaprovação das contas. Soma-se ao exame em cotejo a existência de outras irregularidades discriminadas pelo órgão técnico que não foram sanadas pelos prestadores de contas", apontou Monteiro.
Taques concorreu pela reeleição ao governo do Estado no pleito de 2018 vinculado à Coligação Segue em Frente Mato Grosso. Contudo, obteve pouco menos de 272 mil votos, o que representou apenas 19% do total de votantes na campanha.
Outro lado
"Expresso meu respeito ao TRE de MT, e aos seus membros, mas recorrerei da decisão, que, aliás, não me deixa inelegível; foi um erro material, de uma teto de gasto de 5 milhões, um erro de 12 mil reais", disse Taques.