Em rota de colisão com a ala ‘maurista’ do Democratas, por conta do imbróglio causado pela construção da chapa para o Senado, o senador Jayme Campos afirmou que tem o compromisso com o ex-deputado federal Fábio Garcia e que irá apoiá-lo, caso ele lance sua candidatura à Prefeitura de Cuiabá. O parlamentar, no entanto, não garantiu que irá fazer campanha para outro nome que o partido venha a escolher.
Em entrevista durante entrega de moradias em Várzea Grande, nesta sexta-feira (2), Jayme criticou a demora de Garcia em se posicionar se de fato será candidato a prefeito de Cuiabá, ou não, e declarou que existe um compromisso de apoio apenas a candidatura dele na Capital.
O senador também explicou que a escolha de um candidato em Cuiabá será definida pelo grupo do governador Mauro Mendes e que não terá sua interferência, assim como de seu irmão, ex-governador Júlio Campos.
“Na minha opinião está demorando, agora esta é uma decisão de foro íntimo e pessoal. É uma questão do diretório de Cuiabá. Lá ficou acertado que seria uma decisão do governador Mauro Mendes, do Beto Dois a Um que é presidente municipal e do próprio possível candidato Fábio Garcia. A decisão que eles vão tomar eu não sei. Tenho compromisso com o Fabinho, agora se não for ele, eu já não sei, porque não tenho compromisso”, disse o senador.
O Democratas trabalha hoje com as possíveis candidaturas de Fábio Garcia e do vereador Marcelo Bussiki. O ex-deputado federal, que também é 1° suplente de Jayme já declarou que precisa conversar com sua família, que não é a favor de sua volta a um cargo, antes de decidir.
Em entrevista nesta quinta-feira (27), Fábio Garcia garantiu que o DEM terá um candidato à prefeitura de Cuiabá e que o partido está dialogando com as siglas da base do governador Mauro Mendes.
O acordo com os irmãos Campos, todavia, deixa entender que caso Fábio não lance sua candidatura, Jayme e Júlio, assim como o governador Mauro Mendes pretende apoiar candidatos ao Senado de outros partidos, podem estar no palanque de outro postulante à prefeitura de Cuiabá, como o próprio Emanuel Pinheiro (MDB), que inclusive é muito próximo a eles e é de um partido da base do Governo.