Neurilan garante que fortaleceu AMM e que críticas à sua 3ª reeleição é “choro descabido”
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Domingo, 20 Dezembro 2020
| OlharDireto
Eleito para seu quarto mandato consecutivo, Neurilan Fraga (PL) se espelha no ex-presidente da Confederação Nacional do Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, que ficou no comando da entidade por 22 anos. Quando questionado sobre o longo tempo no cargo, afirma que a longevidade no poder é algo positivo para os 121 prefeitos filiados à AMM (Associação Mato-grossense dos Municípios).
De acordo com o ex-prefeito de Nortelândia, muitas pautas municipalistas não são construídas em dois anos, que é o tempo do mandato do presidente da AMM. Por conta disso, comemora as mudanças feitas no regimento da entidade, que possibilitaram suas reeleições.
“O movimento municipalista não acontece de um dia para o outro. Um exemplo é a questão da Lei Kandir aprovada no Congresso na segunda-feira (14). Nós começamos a discutir isso em 2015. No Congresso nacional, matérias relacionadas aos municípios demoram 4, 5 anos”, justificou, após sua vitória por 76 votos na eleição realizada na terça-feira (15).
Neurilan ressalta que os 22 anos em que Ziulkoski esteve no comando da CNM foram primordiais para fortalecer a pauta municipalista e isso tem acontecido em Mato Grosso, nos seis anos que está no comando da AMM. “Hoje, nós temos um movimento muito forte. A segunda maior bancada do Congresso é nossa. Então, precisa construir. É necessário. E nesses 22 anos, todos os prefeitos votaram no Paulo Ziulkoski, por conta da importância dele nesse processo. É uma instituição que não tem nada para trocar, a não ser a defesa dos municípios”.
O presidente ainda rebate as críticas de que está se perpetuando no poder. Considera como preocupação exacerbada e que não há razão para isso. “Tem algum choro, mas é descabido. O importante é que estamos fazendo uma AMM cada vez mais forte. Nesses últimos seis anos, a instituição cresceu muito, passou a ter crédito, ter cara e lado. Antigamente, não tinha essa posição de defesa intransigente dos municípios”.
Além da possibilidade de nova reeleição, a última mudança no estatuto da AMM estabeleceu que o próximo mandato será de três anos (2021-2023), a exemplo da CNM.