O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) praticamente deu um 'ultimato' ao presidente estadual do DEM, Fábio Garcia, para que ele reúna a direção estadual da legenda para discutir 2022. Para o parlamentar, é possível a sigla se reunir nas duas próximas semanas, já que o contágio da covid-19 tem se estabilizado no Estado.
"Se não acontecer [reunião] ele vai ter que sair da presidência. Ou então ele saia da presidência porque não dá de ficarmos com um presidente que não quer se reunir tão cedo", disse Botelho na manhã desta quarta-feira (5) na Assembleia Legislativa.
Eduardo Botelho afirmou que existe um acordo entre os membros da direção, que assim que o número de contágio e mortes diminuírem no Estado, a sigla marcaria uma reunião para começar a organizar a legenda para a disputa de 2022. "Hoje nós não temos nem meia chapa de deputados. Então precisamos nos organizar porque os outros partidos queimaram a largada, correram atrás, já montaram chapa, e nós cumprimos a tabela", explicou.
Botelho também reafirmou que a reeleição do governador Mauro Mendes é a prioridade do DEM, já que segundo ele, será possível realizar uma grande campanha e mostrar o que foi feito no Estado. "Agora nós vamos começar a mostrar os resultados, as entregas e fazer essa comunicação, e assim ele ganhará corpo para ser candidato".
Com a declaração de Botelho aumenta a pressão em cima de Fábio Garcia, que é o afilhado do governador Mauro Mendes e que comanda a legenda no Estado. Garcia já vem recebendo críticas desde as eleições do ano passado. A ala dos irmãos Júlio e Jayme Campos aponta que a legenda não conseguiu vencer em cidades importantes do Estado.
Recentemente os dois cobraram a reorganização do partido. Porém, Fábio Garcia alega que a pandemia não acabou e que o partido deve discutir eleições em ano eleitoral. O deputado Dilmar Dal Bosco (DEM) chegou a ironizar o presidente, afirmando que existem tecnologias para uma reunião virtual, e que o Garcia teria "sumido" do mapa.