Juiz Julier e ex-vereador Lúdio: fatores de divisão interna no PT de Mato GrossoO PT está dividido entre o apoio à possível candidatura do juiz federal Julier Sebastião da Silva e do ex-vereador Lúdio Cabral (PT) ao Governo do Estado.
Porém, de acordo com líderes do partido, apesar das divergências sobre quem vai encabeçar a chapa, o foco será montar um palanque forte para a presidente Dilma Rousseff (PT), que disputará a reeleição.
Um grupo deposita as esperanças na possibilidade de o magistrado abandonar a toga e se candidatar a governador pelo PT, enquanto outros acreditam que é melhor apostar as fichas em alguém que já está filiado ao partido e disponível.
Também apostam em Lúdio aliados como o presidente do Pros, deputado federal Valtenir Pereira, e parte da cúpula do PMDB.
“Na tese aprovada pelo partido, no ano passado, o Julier é nosso candidato prioritário. Lúdio também foi colocado como opção para o Governo, assim como outras pessoas do PT. Estamos firmes na defesa daquilo que foi aprovado pelo partido”, disse o líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, Alexandre César, ao MidiaNews.
“Claro que, em função da conjuntura, essa tese pode sofrer algum ajuste. Essa candidatura é um processo de construção de consenso, inclusive com os partidos aliados. O mais importante é manter esses partidos juntos para fazer palanque para Dilma e ampliar a representatividade desse grupo no Estado”, completou o deputado.
O petista lembrou a história de Julier como militante do PT, antes de se tornar juiz, e sua atuação como magistrado como fatores que pesaram na escolha do seu nome como pré-candidato.
“Como magistrado, ele tem uma atuação independente e firme, combateu o crime organizado, atuou com zelo na questão da reforma agrária e usou o Direito como instrumento de transformação da sociedade”, disse Alexandre César.
Lúdio Cabral afirmou que apenas está à disposição da sigla, e não forçará a candidatura ao Governo.
“Meu projeto é ser deputado federal, mas muita gente começou a defender o meu nome para o Governo. Então, avisei ao PT que estou pronto para isso, se for necessário. Mas, essa será uma decisão partidária”, disse.
“O PT, agora, trabalha com duas possibilidades: lançar o juiz Julier ou eu. Antes, trabalhávamos só com o nome dele, mas o desdobramento do cenário levou meu nome para as opções. A evolução da conjuntura vai mostrar qual será a melhor opção para o grupo”, completou o ex-vereador.