O senador da República Wellington Fagundes (PL) não descartou a possibilidade de disputar o governo de Mato Grosso nas eleições de outubro. O projeto passou a ser cogitado depois de o parlamentar ter recebido outra “intimação” do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
O pedido de Bolsonaro teria sido feito a Fagundes durante uma reunião em Brasília, na quinta-feira (10). O senador informou ao chefe do Executivo federal que o seu projeto prioritário é tentar a reeleição.
Entretanto, o presidente teria insistido para que o parlamentar seja o seu “representante” em Mato Grosso. A solicitação mexeu com o senador, que já começa a cogitar a possibilidade de disputar o cargo do Palácio Paiaguás para os próximos quatro anos.
Essa foi a segunda vez que Wellington foi pressionado por Bolsonaro a disputar o governo de Mato Grosso. A pressão para que o parlamentar dispute o governo é tanta que pesquisas internas de intenção de votos por institutos nacionais foram encomendadas para avaliar o nome do senador como candidato ao Executivo.
Caso aceite, Wellington Fagundes disputaria o governo estadual pela segunda vez. Em 2018, época que já era senador, ele ficou em segundo lugar na preferência dos mato-grossenses. O parlamentar perdeu para Mendes, mas ficou na frente do então governador Pedro Taques, que hoje está no Solidariedade.
A candidatura própria no Estado e um palanque para Bolsonaro têm se tornado o desejo do Planalto por conta das movimentações nacionais, já que o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, tem se aproximado da cúpula do União Brasil - partido que nasceu da fusão do DEM com o PSL -, sigla que terá o governador Mauro Mendes.
MEDEIROS
Se Fagundes for de fato o candidato a governador, o Partido Liberal abriria caminho para o deputado federal José Medeiros, atualmente no Podemos. O parlamentar, que é declaradamente bolsonarista, iria para o partido do presidente da República disputar o Senado Federal, que é o seu grande desejo.
O fato de Sérgio Moro, pré-candidato à presidência da República e adversário de Bolsonaro, permanecer no Podemos seria mais um fator para a possível migração do policial rodoviário federal. O deputado Medeiros, por sua vez, tem evitado falar sobre a possível mudança para o PL. Entretanto, informações de bastidores apontam que esse seria o caminho ideial para o ex-agente federal.