O suplente de senador Fábio Garcia (UB), que já se coloca como pré-candidato a deputado federal e presidia o diretório estadual do DEM antes da fusão com o PL, avalia como inviável uma terceira via na disputa presidencial. Seu partido era uma das legendas que vinha apostando nessa possibilidade, mas de acordo com Garcia, o atual cenário aponta que a disputa caminha para se concentrar e ser definida entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por parte do União Brasil, que lá atrás ensaiou lançar alguns nomes como pré-candidatos, a exemplo do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que era do DEM e Luciano Bivar, oriundo do PSL, não tem nada definido. Conforme revelado por Fábio Garcia, durante entrevista à CNB Cuiabá, na verdade, o União Brasil tem conversado com diferentes partidos.
Para ele, não existe um consenso dentro da sigla, pois tem grupos que defendem uma coligação com Bolsonaro e outros que preferem Lula. “Acho que é muito difícil a gente conseguir construir uma terceira via com força para romper essa polarização que parece estar se consolidando cada dia mais. Ainda que o União Brasil, por exemplo, sendo um grande partido politico, tem dialogado com outros partidos na busca pela construção de uma terceira via”, comentou Garcia.
Em seguida, revelou que dentro da legenda criada pela fusão do DEM com o PSL, ainda serão necessárias muitas reuniões e conversas para definir qual candidato presidencial o União Brasil vai defender. “Algumas lideranças da sigla defendem uma candidatura ou pelo União Brasil ou por outro partido, outros defendem por exemplo, uma aproximação com o Bolsonaro. E tem gente do União Brasil, principalmente da região Nordeste, que defende que o partido se aproxime ao Lula”, revelou Fábio Garcia.
De qualquer forma, já existe uma discussão em nível nacional sobre a postura do UB na disputa presidencial e os diálogos serão feitos pela Executiva Nacional, mas com a participação dos diretórios estaduais. “Ainda não tem dentro do partido um projeto presidencial definido e claro, mas hoje o cenário está muito polarizado. E acredito que seja muito difícil construir uma terceira via com força política para romper a polarização. Grandes partidos têm conversado sobre essa questão para ver se é possível ou não e qual nome poderia representar com força e capacidade de administração essa terceira via”, pontuou Garcia.