Preocupado com a crise mundial e temendo queda na arrecadação de Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (União) pediu ao presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União), para que não mexa na Lei Orçamentária Anual (LOA), já encaminhada à Casa de Leis.
O Governo estimou um orçamento de R$ 30,815 bilhões para o exercício financeiro relativo a 2023, mas Mauro está preocupado com os reflexos de crises mundiais, como da guerra na Ucrânia e recessão nos Estados Unidos, na economia do Estado. Após perda no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que já impacta em um “prejuízo” de R$ 516,42 milhões, o governador teme possível retrocesso no equilíbrio fiscal.
Em reunião com o deputado Eduardo Botelho, na manhã desta quinta-feira (20) Mauro pediu ao presidente da Casa de Leis para que a ALMT não altere a LOA de 2023.
“O governador ligou cedo pra mim para eu ir lá falar sobre orçamento. Está preocupado com as previsões do ano que vem, pedindo pra não mexer muito no orçamento porque ele acha que pode haver queda, realmente, de arrecadação, por conta do cenário mundial, essa guerra da Ucrânia que não acaba, a recessão nos Estados Unidos e a possibilidade também da China fazer alguma retração. Então tudo isso pode ocorrer aí numa diminuição de arrecadação e ele está com muita cautela em relação a isso”, explicou Botelho.
O parlamentar disse que agendou uma reunião para segunda-feira (25), com alguns deputados e secretários do Governo, para analisar os números do Estado. Segundo ele, o Governo também está preocupado com o aumento de gastos, o que demanda mais cautela ainda com o orçamento.
“Ele explicou que teve alguns casos pontuais, alguns projetos que estavam sendo implantados. Por exemplo, o TCE tem um projeto que ele fez pra auxiliar as prefeituras. Então, o Governo fez um projeto também em parceria, dando recurso para fazer esse auxílio à melhora no desempenho das prefeituras no tocante à prestação de contas e acompanhamento orçamentário. E também tem a questão previdenciária que não era previsto, por exemplo, o TJ pagava 11 agora vai pagar 28. Então isso tudo foi colocado para dentro do orçamento. E também tem a questão previdenciária que não era previsto, por exemplo, o TJ pagava 11 agora vai pagar 28. Então isso tudo foi colocado para dentro do orçamento”.
O deputado ainda afirmou que está aberto a discussões para chegar a um entendimento, porém a “palavra final do orçamento é da Assembleia”.