O presidente do PL (Partido Lliberal), Valdemar da Costa Neto, partido do atual presidente Jair Bolsonaro, anunciou nesta terça-feira (8) que a sigla fará oposição ao futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele também confirmou que Bolsonaro, a partir do momento que deixar a presidência, terá um cargo no partido e salário pago pela sigla. A ideia é que ele desempenhe um papel na legenda e tente manter relevância pelos próximos anos.
"Hoje nós queremos que ele comande o nosso partido. Queremos o Bolsonaro à frente dessa luta que ele construiu para elevar nosso partido a um patamar mais importante", afirmou.
"O PL não renunciará às suas bandeiras e ideias. Será oposição aos valores comunistas e socialistas, oposição ao futuro presidente", disse ainda.
Valdemar não anunciou, contudo, como se dará o cargo do presidente no partido, qual partido será disponível ou estrutura. O dirigente disse que a ideia é disponibilizar um escritório para ele no partido.
A intenção de Valdemar é manter Bolsonaro por perto nas decisões. Há uma avaliação de que ele pode ajudar a manter diálogo com a ala mais radicalizada do bolsonarismo, hoje sediada no PL, com Zé Trovão e Carla Zambelli na Câmara, por exemplo.
O cargo deve contar ainda com um salário, que ainda está indefinido. Aliados do presidente dizem que ele terá dificuldades de sobreviver apenas com o soldo militar e a aposentadoria de deputado federal: R$ 11.945,49 e R$ 33.763, respectivamente.
Ao deixar o governo, Bolsonaro terá prerrogativas de ex-presidentes, determinadas por lei. A partir de janeiro, terá quatro servidores, entre seguranças e apoio, além de dois veículos oficiais, com motoristas, custeados pela Presidência.