Jayme detona atuação de ONGs no Brasil: “Comando Vermelho e PCC são fichinha”
O senador Jayme Campos (União) fez duras críticas, nesta quarta-feira (16), à atuação das organizações não-governamentais no Brasil. O desabafo foi feito durante discussão sobre o Projeto de Lei 490/2007, que trata do Marco Temporal das Terras Indígenas, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária.
“É a maior quadrilha que se instalou o Brasil. O Comando Vermelho e o PCC são fichinha perto das ONGs daqui. No Brasil há mais de 50 mil OGNs, principalmente nesta vasta região do Brasil. Temos que dar um basta em tudo isso aí”, disparou Jayme.
Jayme é um dos senadores favoráveis à proposta, que restringe a demarcação de terras indígenas àquelas já tradicionalmente ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.
No início do mês, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) decidiu iniciar estudos visando a demarcação de um novo território indígena nos municípios de Vila Rica, Santa Cruz do Xingu, em Mato Grosso, e São Félix do Xingu, no Pará.
Em sua fala, Jayme disse que levaria dez caciques de reservas indígenas de Mato Grosso à comissão, que pediram para ele por oportunidades de produzir e não aumento de terras, como é a proposta apresentada pela Funai. “Sabe o que eles querem? Eles querem oportunidade, eles querem plantar, eles querer ter carro, telefone, ar condicionado. Querem ter condições de vida, e não viver em um estado de miséria em que eles vivem lá, sem saúde, sem educação”, disse.
“Vou mostrar que eles não querem ampliação de reserva indígena. Eles querem oportunidade. Está a prova na reserva indígena do Parecis. Estão plantando 16 mil hectares de soja, com assistência técnica. Lá tem índios que são médicos, engenheiros, advogados”, completou.
A votação do projeto do Marco Temporal ocorrerá na próxima quarta-feira (23).
