Mendes diz que recuperação do RS deve levar “meses ou anos”
O governador Mauro Mendes (União) afirmou que o Rio Grande do Sul poderá levar “até anos” para se reconstruir da catástrofe que enfrenta nas últimas semanas por conta das fortes chuvas.
Por conta das inundações, dezenas de rodovias tiveram trechos totalmente interditados, pois as pistas ficaram submersas. Prédios e residências das cidades atingidas também foram completamente destruídos. A Defesa Civil apontou que, na terça-feira (7), o número de mortos chegou a 90.
O Governo de Mato Grosso deve encaminhar, nos próximos dias, o montante de R$ 50 milhões para auxiliar na recuperação da infraestrutura do Estado.
“É um gesto de respeito e carinho. Espero que outras instituições como grandes bancos, empresas, Governo Federal, instituições possam doar. Nós estamos dando R$ 50 milhões e Estados maiores que o nosso e que estão em boa situação podem dar três ou quatro vezes mais”, disse.
“Esse conjunto de doações financeiras é para o Estado recuperar infraestrutura, pontes, estradas, prédios... Isso pode levar meses e talvez até anos, e isso precisa de dinheiro e não é pouco”, emendou.
A declaração foi dada após reunião com entidades que pagam o Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação), nesta semana. É do fundo que serão retirados os recursos para o Sul do País.
Para Mendes, a situação vivida pelo Rio Grande do Sul é de “uma tragédia sem precedentes”.
É uma tragédia sem precedentes, que acho que no Brasil nunca viveu nada parecido
“É uma tragédia gigantesca com as vidas e pessoas que perderam literalmente tudo. É uma tragédia sem precedentes, que acho que no Brasil nunca viveu nada parecido”, completou.
As enchentes
Conforme o boletim divulgado pela Defesa Civil nesta terça-feira (7), as chuvas afetam 1.367.506 pessoas em 388 municípios. Já são contabilizadas 90 mortes e 361 feridos.
Há 155.741 pessoas desalojadas e 48.147 pessoas em abrigos. Os desaparecidos chegam a 132.
Mato Grosso mandou ao estado, na última sexta-feira (3), equipes do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT) para auxiliar nas operações de busca e resgate na região.
