Vereadores afastam presidente da Câmara de Nobres; defesa alega que não houve convocação e sessão "não existiu"

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Sábado, 05 Abril 2014 | RD NEWS
Presidente da Câmara de Nobres, Rallide Cristiano Andrade foi afastado do cargo após sessão “surpresa”Presidente da Câmara de Nobres, Rallide Cristiano Andrade foi afastado do cargo após sessão “surpresa”Após sessão “surpresa”, os vereadores por Nobres afastaram o presidente da Câmara, vereador de 1º mandato Rallide Cristiano Andrade (PDT), por cometer arbitrariedades contra o Regimento Interno, quebra de decoro parlamentar e tentativa de agressão. As informações são do advogado Jair Fernandes, que defende um dos vereadores que votaram a favor do afastamento, Adelian Messias (PP). Segundo Jair, na última sessão, ocorrida em 31 de março, o pedetista retirou à força, da tribuna, o vereador Silvestre da Silva Campos (PR). O incidente ainda resultou no desmaio da parlamentar Zilmai Ferreira de Jesus (PP).
Acontece que, conforme o advogado, 9 dos 11 vereadores montaram uma comissão especial, chegando ao consenso que Rallide não deveria ficar mais no cargo e, por isso, todos foram convocados para uma sessão extraordinária a fim de apresentar a ata de afastamento do presidente. Como o pedetista não compareceu, o vice-presidente Manoel Firmino Pinho (DEM), pela norma regimental, assumiu o posto à revelia.
Jair afirma que Rallide foi devidamente notificado, no entanto, se negou a presenciar a sessão. “Ele tem histórico agressivo, por isso, durante a reunião, policiais estiveram presentes”. O advogado ainda conta que após o vice assumir e o encontro terminar com o afastamento cautelar, Rallide apareceu acompanhado do pai Ranulfo Lopes e do irmão e advogado Emerson Andrade. Na ocasião, eles chegaram pronunciando “terminaram com a palhaçada?”. Em seguida, o pai do vereador chamou os 9 vereadores, que votaram contra Rallide, de babacas.
Jair explica que Ranulfo foi truculento e ainda alegou que o filho não pagaria a verba indenizatória aos parlamentares, caso a “palhaçada” continuasse. De acordo com o advogado, agora Rallide receberá a notificação do afastamento e caso não cumpra a determinação, os vereadores tomarão medidas judiciais cabíveis. “Ele (Rallide) ainda não entregou a chave do Legislativo. Diz que permanecerá no cargo. O prazo existe. Agora é aguardar”.
Outro lado
O irmão e advogado de Rallide, Emerson Andrade, argumenta que o pedetista é alvo de perseguição política, tendo em vista que não foi notificado. “Na verdade, não houve afastamento. A sessão não tem validade pelo ponto de vista jurídico, porque Rallide precisaria ser notificado com 48h de antecedência, o que não ocorreu”. Confirma que o irmão foi convocado para participar de uma reunião, mas sobre outro assunto. O advogado justifica que os vereadores querem tirar o irmão da presidência da Mesa Diretora porque Rallide apresentou requerimento contra o prefeito Sebastião Gilmar Luiz da Silva, Gilmarzinho do PSD, para que o social-democrata encaminhasse o balancete de janeiro, que até o momento não foi enviado à Câmara, num prazo de 15 dias
Emerson ressalta que há retaliação por parte dos parlamentares, que, segundo ele, fazem vista grossa para fiscalizar a prefeitura do município. “Porque não afastar o prefeito? O próprio vice-presidente alegou em entrevista aqui que não sabia da ata e não assinaria nada”, pontua.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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