Riva chora ao discursar e promete vencer as eleições ainda no 1º turno
Em convenção do PSD realizada na noite desta segunda (30), o deputado estadual José Riva consolidou sua empreitada rumo ao Palácio Paiaguás e afirmou que ela é “praticamente irrevogável”. O social-democrata, que há meses vinha sustentando não ser postulante a cargo algum no pleito de outubro, chegou carregado nos ombros por militantes do partido e foi ovacionado ao subir no palanque montado no Centro de Eventos do Pantanal. Além disso, chorou ao lembrar do pai já falecido e usou o municipalismo em seu discurso.
No pronunciamento com voz embargada, Riva lembrou a vida no meio político. “Passou um filme na minha cabeça. De quando comandei Juara por 6 anos. Lá o adversário era resolvido no 38 e eu me sobressai. Não precisei disso”, declarou.
Riva também aproveitou o discurso para assegurar aos apoiadores que não medirá esforços para resolver seus problemas jurídicos, uma vez que devido aos processos por improbidade administrativa que responde na Justiça pode estar inelegível. “Temos advogados. Não temo. Repeito as instituições, mas tenho direitos e vou lutar até o fim por minha candidatura. Tenho certeza que meus adversários vão querer fazer esse debate também”, provocou o pré-candidato.
Apesar de garantir que não irá atacar os adversários políticos no horário da propaganda eleitoral, o deputado encabeça uma terceira via nas eleições deste ano e provocou o grupo que apoia a candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao governo do Estado, cujo candidato a vice-governador, Carlos Fávaro (PP), é oriundo do setor do agronegócio. “Me disseram que do lado de lá já ensacaram um milhão de sacas de soja. Tomara que soja não vote, senão estamos ferrados”, ironizou.
Questionado sobre o possível racha interno que teria acontecido na base governista, Riva descartou a possibilidade e argumentou que sua empreitada eleitoral representa o anseio das bases mato-grossenses. Isso porque, conforme opina, a população do Estado precisa de uma liderança que seja competente e que a represente.
O PSD demonstrou descontentamento com a falta de espaço na chapa majoritária do grupo situacionista, principalmente quando foi batido o martelo pelo nome do ex-vereador por Cuiabá Lúdio Cabral (PT) para disputar o governo, em detrimento do vice-governador Chico Daltro (PSD). A esse respeito Riva também demonstrou tranquilidade e garantiu que, em caso de segundo turno, não precisará apoiar o petista. “Isso não vai acontecer porque vamos ganhar no primeiro turno”, finalizou.