Jayme Campos desiste do Senado, alega retaliação dentro de coligação e deve apoiar Riva
Senador está na bronca com o grupo de Taques, que estaria dando apoio velado ao candidato do PR, Wellinton Fagundes
O senador Jayme Campos (DEM) não é mais candidato à reeleição pela coligação Atitude e Coragem para Mudar, onde Pedro Taques (PDT) é o candidato ao Governo do Estado. Jayme já comunicou a decisão ao cabeça de chapa.
O motivo da renúncia seria pela falta de respaldo e uma possível retaliação dentro da própria coligação.
Jayme alegou que os candidatos não estavam pedindo voto para ele. Houve uma reunião no Hotel Odara, em Cuiabá, e nesse encontro o senador do DEM comunicou às lideranças presentes, inclusive de outros partidos, que não é mais candidato ao Senado novamente.
Nesta terça-feira (22), o senador Jayme Campos deve conceder uma coletiva à imprensa. A hora e o local ainda devem ser confirmados pela assessoria.
Jayme está na bronca com membros da coligação, especialmente com o ex-secretário de Mauro Mendes, Fábio Garcia, candidato a deputado federal. Em evento do candidato nesta segunda (21), Jayme teria sido proibido de colocar um banner de sua campanha ao Senado, o que provocou a ira do senador.
E não é só isso. Segundo apurou o RepórterMT, o ex-secretário de Governo, Fábio Garcia (PSB), além do vereador Adevair Cabral (PDT) não estariam engajados com o nome de Jayme. "Nem santinhos tem o número do senador", revelou uma fonte.
Segundo informações, Mendes tem apoiado o deputado federal Wellinton Fagundes (PR) ao Senado. Em troca, o parlamentar republicano abriu sua base política nas regiões Sul e Araguaia para Fábio Garcia.
O democrata também estaria descontente com a participação de Mauro Mendes e de Pedro Taques em sua campanha, já que ambos estariam dando apoio velado ao candidato do PR ao Senado, Wellinton Fagundes.
Com a desistência de Jayme, o grupo deve optar por Nilson Leitão, Serys ou até mesmo a deputada Luciane Bezerra para ocupar a vaga na disputa.
A tendência de Jayme, agora, é debandar com toda a sua tropa para o grupo de Riva (PSD), que já estaria, segundo membros do partido, 'de braços abertos' a espera do senador. O democrata tem forte liderança no interior do estado, o grande reduto de Riva.
Com sua saída da Coligação de Taques, o candidato do PDT perde importante cabo eleitoral em grande parte do estado. Caso migre para o lado de Riva, o líder do PSD ganha mais musculatura para enfrentar Pedro Taques nas urnas.
