O senador Jaime Campos (DEM) afirmou, em nota na tarde desta terça-feira (22), que o principal motivo que o levou a deixar a candidatura à reeleição foi à falta de lealdade dentro do grupo comandado pelo senador Pedro Taques (PDT).
O posicionamento oficial foi divulgado um dia após o democrata informar a desistência aos líderes da oposição.
“Sempre fiz política valorizando os companheiros. Dentro desse arco de aliança, infelizmente, a recíproca não foi verdadeira. Integrantes de alguns partidos e determinadas lideranças não agiram de forma ética e não se comportaram como aliados”, disse.
De acordo com Jaime, mesmo liderando as pesquisas de intenção de votos, ele não se sentiu à vontade para disputar o cargo pelo grupo.
“Em decisão tomada com serenidade, em conjunto com a família, amigos e correligionários, entendi que o melhor caminho seria retirar minha candidatura ao Senado da República. Sem mágoas, nem ressentimentos”.
A interlocutores, Jaime chegou a admitir sentir-se "traído" pelas sinalizações dos prefeitos Mauro Mendes (PSB) e Percival Muniz (PPS), de Cuiabá e Rondonópolis, respectivamente, que estariam apoiando, nos bastidores, o candidato Wellington Fagundes (PR), que concorre ao Senado pela coligação de Lúdio Cabral (PT).
Leia a íntegra da nota de desistência do senador Jaime Campos:
"Esclareço os motivos que me levaram a renunciar à minha candidatura ao cargo de senador da República. Em função da falta de unidade na coligação Coragem e Atitude para Mudar, o meu sentimento era de muito desconforto. Em toda minha vida pública me pautei pelo princípio imprescindível da lealdade. Sempre fiz política valorizando os companheiros.
E foi desta forma que me empenhei para consolidar a composição política em torno do nome do senador Pedro Taques como candidato ao Governo do Estado e também dos nossos candidatos a deputado estadual e federal.
Mas, dentro desse arco de aliança, infelizmente, a recíproca não foi verdadeira. Integrantes de alguns partidos e determinadas lideranças não agiram de forma ética e não se comportaram como aliados.
Diante dessa situação incômoda, e apesar de liderar com folga todas as pesquisas de intenções de votos, o bom senso indicava a necessidade de reavaliar o projeto de disputar a reeleição.
Em decisão tomada com serenidade, em conjunto com a família, amigos e correligionários, entendi que o melhor caminho seria retirar minha candidatura ao Senado da República. Sem mágoas, nem ressentimentos.
Continuarei trabalhando por Mato Grosso, concluindo de forma honrosa o mandato de senador que me foi conferido por 781.182 eleitores (61,16%). E sempre estarei à disposição do meu partido e da população.
Com a consciência tranquila, agradeço a todos que estiveram junto comigo nessa caminhada e, principalmente, ao eleitor mato-grossense, que sempre me credenciou a representa-lo, seja como governador, prefeito ou senador."