Lúdio avisa que fará oposição crítica em MT
O candidato do PT derrotado ao governo de Mato Grosso nas eleições deste domingo (5), Lúdio Cabral, declarou após a divulgação do resultado que deverá, a partir de amanhã, dedicar-se à campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno em Mato Grosso e a exercer oposição ao mandato do governador eleito no estado, Pedro Taques (PDT). “Nós vamos cumprir a tarefa que a própria população nos delegou, que é a tarefa da oposição crítica, propositiva, e queremos sinceramente agradecer aos mais de 470 mil eleitores de Mato Grosso que acreditaram no nosso projeto, no nosso propósito. E a luta continua”, anunciou Lúdio Cabral.
A declaração à imprensa foi ao lado de sua esposa e da candidata a vice-governadora Teté Bezerra (PMDB) na sede do diretório estadual do PT em Cuiabá, em entrevista coletiva anunciada logo após a divulgação do resultado da apuração dos votos. Lúdio obteve 472.507 votos na disputa pelo governo do estado, o equivalente a 32,45% dos votos válidos em Mato Grosso. Taques obteve 833.788 votos, 57,25% do total.
“Nós temos uma responsabilidade delegada pela população: quem é derrotado passa a ter uma tarefa porque tem quase 500 mil eleitores que confiaram no nosso propósito. E eu acredito que é bom para qualquer governo ter uma oposição qualificada e é esse perfil de oposição que nós vamos procurar exercer de forma responsável, crítica, firme e propositiva. Todo governo merece uma oposição qualificada, de orientar o caminho a ser seguido. Essa será a tarefa que nós cumpriremos”, afirmou.
O petista, que deve retomar a atuação como médico da rede pública, também anunciou que trabalhará na campanha de Dilma e se manterá na militância do PT. “Vamos acordar amanhã, começar a campanha da Dilma no segundo turno, eleger a Dilma e, ao longo desse caminho, pensar no nosso futuro. Eu volto à minha rotina de médico, servidor público, trabalhador da saúde pública já a partir dessa semana”, anunciou.
Sobre a derrota no primeiro turno, Lúdio Cabral preferiu não tentar avaliar por enquanto o que pode ter dado errado no percurso da campanha. Ele se limitou a lembrar que o intuito era de intensificar o diálogo com a população durante as últimas semanas, estratégia que ajudaria a alavancar a quantidade de intenções de voto. “Fizemos isso, crescemos, mas não crescemos o suficiente. Nós contávamos com a decisão em dois turnos, mas a população é soberana, fez esse juízo e nós respeitamos”, declarou.