Metade da bancada de Mato Grosso na Câmara fará oposição a Dilma
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) decidiu fazer oposição à presidente Dilma Rousseff na Câmara Federal neste novo mandato da petista. Em Mato Grosso, metade da bancada deve fazer oposição a chefe do Executivo.
Conforme o ex-prefeito de Rondonópolis e deputado federal eleito, Adilton Sachetti (PSB), a definição pela oposição já foi conversada internamente. “O nosso partido já definiu que nós faremos uma oposição independente. O que isso quer dizer: nós não seremos xiitas e fazer oposição por oposição”, diz.
No entanto, a legenda socialista não deve fazer uma oposição ferrenha ao mandato da presidente. “Nós vamos ser contrários àquilo que vai de encontro ao nosso plano partidário. Se for de interesse da nação, iremos trabalhar juntos, dar nossa opinião e abrir espaço para o governo”, comenta.
Segundo ele, a definição da legenda pela oposição ao novo mandado da presidente se deu por conta do posicionamento do PT durante a campanha eleitoral. “Nós seremos oposição a esse governo que ficou contra o nosso partido na caminhada presidencial”, afirma.
Além de Sachetti, irão fazer parte da bancada oposicionista os eleitos Fábio Gárcia (PSB), Nilson Leitão (PSDB) e Victório Galli (PSC).
CAMPANHA PRESIDENCIAL
O PSB entrou na disputa presidencial com o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato. O socialista faleceu em um acidente aéreo quando viajava para compromisso de campanha no dia 13 de agosto.
Em seu lugar assumiu a ex-senadora Marina Silva, que teve uma rápida ascensão nas pesquisas de intenção de votos. Para contornar o crescimento da socialista o PT passou a desferir uma série de ataques com a intenção de desconstruir a imagem daquele que tinha passado a figurar como favorita na disputa.
A estratégia deu certo e Marina terminou a campanha em terceiro lugar na disputa presidencial. Dilma e o senador Aécio Neves (PSDB) foram os primeiros colocados na disputa, sendo a petista vitoriosa no segundo turno do pleito.