O prefeito de Glória D'Oeste (a 312 km de Cuiabá) Nilton Borgato (PP), que assumiu a candidatura à presidência da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), na manhã desta terça (9), está buscando o entendimento com o potencial adversário Adair Alves (PMDB), gestor de Alto Paraguai (a 201 km de Cuiabá). A primeira negociação para unificar as chapas foi realizada hoje, durante almoço na Peixaria Olaka, no bairro CPA I, na Capital. O encontro político foi articulado pelo deputado federal eleito Ezequiel Fonseca (PP).
Segundo Borgato, a chapa que pode surgir a partir da aliança com o grupo de Adair deve contar com apoio de mais de 50% dos prefeitos filiados na AMM. Entretanto, o progressista afirma que o entendimento recém começou e será consolidado somente às vésperas de sábado (13), quando encerra o prazo para inscrição. "Até lá, precisamos definir os integrantes e chegar ao acordo sobre quem vai presidir a chapa", lembra.
Borgato ainda explica que o próximo passo será procurar Otaviano Pivetta (PDT) e Neurilan Fraga (PSD), prefeitos de Lucas do Rio Verde e Nortelândia, que também articulam para entrar na disputa a fim de propor a unidade. “Defendemos chapa de consenso e estamos abertos ao diálogo. Caso não seja possível consolidar a aliança , não temos receio de enfrentá-los na votação”.
Segundo Borgato, a candidatura à presidência da AMM ainda conta com respaldo de lideranças como o vice-governador eleito Carlos Fávaro (PP) e dos deputados federais Nilson Leitão (PSDB) e Valtenir Pereira (Pros). “A articulação é suprapartidária e tem apoio no PP, PR, PT, Pros, PSDB e inclusive em partidos que ensaiam lançar outros nomes”, completa.
Adair, que disputou o comando da entidade em janeiro de 2013 e foi derrotado pelo prefeito de Juscimeira (a 139 km de Cuiabá) e atual presidente Chiquinho do Posto (PSD), diz acreditar que a aliança com Borgato é positiva para AMM. Ainda assim, lembra que precisa consultar seu grupo político para tomar a decisão de consolidar a chapa unificada. “A proposta de aliança tem a simpatia do deputado federal Carlos Bezerra, que é presidente estadual do PMDB. Os prefeitos dos pequenos municípios estão conosco, mas vamos esgotar a discussão somente no dia 13”, avalia.
Coordenador da equipe de transição, Pivetta é considerado como “braço-direito” do governador eleito Pedro Taques (PDT), faz discurso oposicionista defendendo mudança profunda nos rumos da AMM e conta com respaldo dos prefeitos da Capital, Mauro Mendes (PSB), e de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS). Neurilan, por sua vez, é irmão do deputado estadual José Domingos Fraga (PSD) e tem apoio de Chiquinho do Posto e de lideranças como o presidente licenciado da Assembleia José Riva (ambos do PSD).
Eleições
O regimento que disciplina o processo eleitoral da AMM estabelece que os candidatos devem registrar a chapa até cinco dias antes da eleição. Como o pleito será realizado na próxima quinta (18), os prefeitos têm prazo até às 17h de sábado (13) para apresentar os nomes, na sede da entidade.
De acordo com o edital, a primeira chamada da assembleia geral ordinária, dia 18, será às 9h e a segunda chamada às 9h30. A comissão eleitoral é composta pelos prefeitos Wener dos Santos, de Nova Marilândia; Angelina Benedita Pereira, de Planalto da Serra; Ilma Grisoste Barbosa, de Sapezal; Nilson José Vigolo, de Vera; Carlos Roberto da Costa, de Nossa Senhora do Livramento; e Divina Maria da Silva Oda, de Pontal do Araguaia.
A posse da nova diretoria será realizada em fevereiro, quando a atual gestão encerrará o mandato de dois anos. Ao todo, 18 prefeitos integram a diretoria e conselho fiscal, além do presidente de honra