Eleito neste sábado para presidir o PSDB, o senador tucano Aécio Neves (MG), potencial candidato à Presidência da República em 2014, atacou o governo da presidente Dilma Rousseff e disse querer tirar o país das "garras" do PT.
O senador mineiro foi o escolhido para comandar o maior partido da oposição por dois anos, em convenção que também definiu a composição da executiva nacional da legenda.
A chegada dele ao comando da legenda tem o objetivo de aumentar sua visibilidade e torná-lo mais conhecido em vistas à eleição presidencial do ano que vem.
Em clima de campanha eleitoral, a convenção tucana reuniu lideranças do partido como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador de São Paulo José Serra, que já concorreu duas vezes ao Planalto; e o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, outro tucano que já se candidatou à Presidência da República.
"Nós queremos tirar o país das garras de um partido político que se esqueceu das suas origens e da sua história", disse o senador mineiro em discurso logo após sua eleição à presidência do PSDB.
"Não vamos enfrentar apenas um partido político, vamos enfrentar um partido que se encastelou no Estado", afirmou Aécio, criticando a divisão dos ministérios entre os aliados do governo.
O potencial candidato ao Planalto atacou os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma, afirmando que o PT "inverteu" a lógica e colocou a máquina estatal a serviço de seus interesses e de um projeto de manutenção do poder.
"Pibinho ridículo"
Ele também voltou a defender a autoria tucana de projetos de distribuição de renda, carro-chefe das gestões Lula e Dilma, além de criticar a condução econômica do governo.
"O PT resolveu comemorar os dez anos de sua administração porque, se tivessem que comemorar os dois anos da Presidência de Dilma, só teriam atingido três marcas: O pibinho ridículo, a volta da inflação e as obras de infraestrutura estagnadas", afirmou, numa referência ao fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado.
Durante a convenção, Serra também atacou o governo, acusando-o de "incapaz" de fazer a economia crescer de maneira sustentável.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), afirmou que a eleição de Aécio para comandar o partido irá preparar "a musculatura" para "a grande batalha" da corrida presidencial em 2014, enquanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comemorou a escolha do mineiro.
Aécio é o principal nome do partido para concorrer à Presidência da República em 2014.