Três prefeitos do interior irão disputar a presidência da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), marcada para esta quinta-feira (18), que será responsável biênio 2015/2016. O registro das chapas ocorreu no último sábado (13).
Concorrerão ao cargo os prefeitos de Nortelândia, Neurilan Fraga (PSD), de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), e de Alto Paraguai, Adair José Alves (PMDB).
Pivetta, que fechou chapa com o prefeito de Glória D'Oeste Nilton Borgato (PP), afirmou que sua principal proposta é reformar o estatuto da entidade.
Entre elas está a contribuição dos municípios reduzida e rateada de acordo com a quantidade de população e receita per capita pública; e a eleição de ex-prefeitos de notável trajetória administrativa e política.
“A AMM é uma instituição importante, mas da maneira que está não ajuda em nada os municípios. Se for bem conduzida pode auxiliar e muito os municípios e o Estado como um todo”, disse.
“Uma das minhas propostas é que ex-prefeitos com boa trajetória e atuação notável em suas funções, possam se candidatar a serem os nossos representantes, para não colocar prefeito em exercício no comando da AMM. Com isso, trabalhar melhor os interesses coletivos”, afirmou.
O prefeito de Lucas disse não temer o histórico de a entidade eleger apenas prefeitos de municípios menores. Segundo ele, Lucas também era pequena quando assumiu a prefeitura pela primeira vez..
“A minha cidade já foi pequena quando assumi em 1997, em que tinha 12 mil habitantes. Não tinha energia no sistema, era uma cidade abandonada. Isso mudou graças a uma boa gestão”, disse.
“É evidente que a minha cidade tem vocação agrícola e por isso, talvez, tenha se desenvolvido mais rápido que as outras. Mas quero ser presidente da AMM justamente para levar aos municípios a experiência bem-sucedida de Lucas”, afirmou.
“Não sou a continuidade”
Já Neurilan, que é do mesmo partido que o atual presidente da AMM, prefeito de Juscimeira, Chiquinho do Posto (PSD), diz não ser a continuidade da atual gestão.
Para ele, os adversários tentam “atrelar” sua candidatura com a gestão de Chiquinho.
“Não sou candidato para ser sucessor do Chiquinho, sou candidato para fazer uma AMM diferente. Não estou aqui defendendo sucessão, continuidade ou oposição por oposição. Defendo mudanças”, disse.
“Os adversários como perceberam que tenho apoio da maioria dos prefeitos, tentam me atrelar ao Chiquinho. Somos do mesmo partido, mas minha gestão não tem nada a ver com a dele. Tantos que eu que estou pedindo votos para mim. Enquanto que quem pede votos ao Adair é o Carlos Bezerra, e quem pede votos ao Pivetta é a assessoria do Pedro Taques”, afirmou.
Entre as propostas de Neurilan está a ampliação do diálogo junto aos poderes constituídos, melhor prestação de serviço aos municípios, reestruturação da máquina administrativa da entidade, com a redução de gastos para poder investir mais nos municípios.
Reforma das estruturas
Já o prefeito Adair, afirmou que a estrutura administrativa da Associação precisa passar por reformas.
“Já não responde mais às necessidades deste momento. As ações precisam se descentralizar e deve haver metas a serem cumpridas pela AMM, de forma que os serviços prestados ocorram de forma mais célere e com mais qualidade”.
Entre as propostas defendidas por ele está a extinção da atual superintendência e a criação de coordenadorias de serviços como: AMM-Consultoria administrativa e jurídica; AMM-Capacitação; AMM-Projetos; AMM-Fomento e AMM-Sistemas.
“Esse formato vai diminuir despesas e vai permitir maior agilidade e eficiência na prestação dos serviços às prefeituras”, completou o prefeito.