Apesar de estar no primeiro mandato na Câmara Federal, Ezequiel Fonseca (PP) já tem o nome cotado para assumir a coordenação da bancada de Mato Grosso. Atualmente, Eliene Lima (PDS) é que exerce a função, mas como estará fora na próxima legislatura o progressista poderá assumir a vaga. Porém, outro nome da base aliada do governo vem sendo cogitado também: o do petista Ságuas Moraes (PT).
Apesar de Ságuas ter melhor trânsito com o governo federal, fato que conta para garantir principalmente a liberação das emendas e também buscar recursos para Mato Grosso, Fonseca também está no partido de base da presidente Dilma Rousseff (PT) e tem mais proximidade com o governador Pedro Taques (PDT), relação esta que é mais complicada para o petista, que é oposição ao novo governo.
Ezequiel Fonseca contou que os eleitos estão conversando e então surgiu o nome dele. Ele chega a citar o senador diplomado Wellington Fagundes (PR), mas adianta que não sabe se ele aceitará. O parlamentar ressalta que tem conversado também com o governador Pedro Taques e a orientação é para que aceite a liderança da bancada até para ajudá-lo no entrosamento com a presidente Dilma.
Isso porque, apesar de ser de um partido da base aliada da petista, Taques fez oposição à presidente em Mato Grosso e chegou a ter o tucano Aécio Neves no palanque, além de contar com a participação de Marina Silva em um dos seus últimos programas eleitorais.
Apesar de ter o nome cotado como um dos principais para assumir a coordenação da bancada, Fagundes adianta que deve se manter na coordenação da bancada do Centro-Oeste, função que já exerce desde o mandato de deputado federal.
O republicano tem bom trânsito nos ministérios e foi o coordenador da campanha da Dilma em Mato Grosso. Mesmo assim, ele diz estar focado na dedicação do mandato como senador, o qual assume pela primeira vez depois de cinco como deputado federal.
Vale ressaltar que os aliados de Taques fizeram maior número de deputados federais elegendo cinco dos oito. Além de Ezequiel, fazem parte do grupo Fábio Garcia (PSB), Adilton Sachetti (PSB), Victório Galli (PSC) e Nilson Leitão (PSDB). Na oposição estão três figurões da política: Carlos Bezerra (PMDB), Ságuas Moraes e Valtenir Pereira (Pros).
A posse do Legislativo ocorre no dia 1º de fevereiro e até lá eles devem manter as conversas para definir quem irá liderar a bancada, que normalmente se reúne semanalmente no Congresso para definir as ações do grupo que, por ser minoria na Câmara Federal, precisa estar unido para garantir benefícios para Mato Grosso.
Além dos deputados federais a bancada ainda tem os três senadores: Blairo Maggi (PR), José Medeiros (PPS), que assumiu no lugar de Taques, e Wellington Fagundes. Por enquanto, nenhum deles manifestou interesse em liderar a bancada.