Presidente da AMM acusa Aprosoja de agir em nome do governo de PedroTaques
De acordo com Neurilan, a ligação entre governo e associação seria forte e evidente.Para o presidente eleito da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga (PSD), não há como desvincular a imagem do governo do Estado, da Associação de Produtores de Soja (Aprosoja), que entrou com uma Ação impedindo o repasse de 50% do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) aos municípios.
"Os números alegados pela Aprosoja, na sua propositura da liminar, coloca com muita clareza foram baseados nas informações da equipe de transição”.
De acordo com Neurilan, a ligação entre governo e associação seria forte e evidente.
“Não tem como. O vice-governador [Carlos Fávaro –PP] era presidente da Aprosoja e afastou para ser candidato. Os dados, os números alegados pela Aprosoja, na sua propositura da liminar, colocam com muita clareza foram baseados nas informações da equipe de transição”, declarou.
A afirmação do presidente foi feita em entrevista aos jornalistas, que acompanhavam a reunião dos prefeitos com os secretários da Casa Civil, Paulo Taques e de Infraestrutura, Marcelo Duarte, nesta terça-feira (20).
O presidente eleito ainda criticou que a medida que bloqueou o repasse, que era garantido por lei aprovada em 2014, estaria sendo um verdadeiro ‘tiro no pé’ dos associados da Aprosoja.
“A partir do momento que suspende o repasse dos recursos do Fethab para os municípios quem ficou em desfavor foram os produtores que são filiados à Aprosoja, e que são contribuintes do Fethab. Então essa desassociação ainda não é possível ter. Esperamos que logo em breve, isso não tenha mais nenhuma margem de dúvida”, criticou.
Neurilan também pontuou que sem o recurso, que já era esperado, os prefeitos ficam sem condições de recuperar as estradas municipais.
“Temos já mais de 20 dias de janeiro, que se não tivesse essa liminar, já estaríamos recebendo recurso do Fethab e com certeza tinha maquinário nas estradas e as pontes estavam sendo recuperadas”, frisou.
Agora a AMM tem mobilizado os prefeitos, que tentam convencer o governador Pedro Taques (PDT), a intervir judicialmente para reverter a medida judicial.
“Nós estamos solicitando agora para o chefe da casa civil e vamos tentar sensibilizar o governador que o governo questione a liminar. Faça uma reclamação junto ao Tribunal Superior reclamando dessa liminar, que hoje como o Estado faz parte, ele pode muito bem reclamar. Nós fizemos esse pedido e vamos aguardar se o governo vai tomar esse posicionamento”, ressaltou.
Na próxima semana, o governador Pedro Taques deve receber os prefeitos no Palácio Paiaguás.
