Metade da bancada de MT vai ser de "novatos" na Câmara Federal
Tomaram posse na manhã deste domingo (1º), os oito deputados federais de Mato Grosso tomaram posse na Câmara Federal. Dentre eles, Adilton Sachetti, Fábio Garcia, ambos do PSB, Ezequiel Fonseca (PP) e Victório Galli (PSC), irão debutar em Brasília. Já o parlamentar com mais mandatos é Carlos Bezerra (PMDB) que ocupará o posto pela quarta vez, sendo três consecutivas.
Nilson Leitão (PSDB), por sua vez, foi o responsável por ser o campeão de votos entre os concorrentes, uma vez que cooptou mais de 127 mil eleitores. Na legislação passada, o ex-prefeito de Sinop ficou marcado por atuar como o líder da minoria na Câmara, bem como fez oposição ferrenha ao Governo Dilma Rousseff (PT).
Na outra ponta da tabela, o deputado que conseguiu se eleger com menor número de votos, quase 63 mil, foi Valtenir Pereira (Pros). Vindo da Defensoria Pública, o parlamentar trocou o PSB pelo Pros após atrito com o prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB). A mudança de partido, inclusive, é um dos argumentos que ele carrega para tentar justificar o fraco desempenho nas urnas.
Com a saída de Valtenir, o PSB se viu obrigado a preencher a vaga. O resultado foi melhor ao conseguir eleger Fábio Garcia e Adilton Sachetti. Este, da região de Rondonópolis já tem uma vasta carreira na vida pública, visto que já ocupou a prefeitura do município, além de ter passagem na extinta Agecopa. Fabio, por sua vez, foi secretário de Governo na gestão de Mauro Mendes, que o apoiou na candidatura à Câmara, sendo o mais jovem da bancada com 37 anos.
Por outro lado, o mais velho dos deputados mato-grossenses é Bezerra que tem 72 anos. Presidente do PMDB estadual, o parlamentar passou por todos os cargos na política, sendo vereador e prefeito de Rondonópolis, governador e senador. Eleito na mesma chapa do peemedebista, Ságuas Moraes (PT) foi prefeito de Juína por dois mandatos e secretário estadual de Educação. Deixou o cargo no governo do Estado para assumir cadeira na Câmara Federal após o falecimento de Homero em 2013.
O mais "arrojado" foi Ezequiel Fonseca que arriscou a reeleição quase certa à Assembleia para concorrer à vaga na Câmara Federal, e obteve êxito. Ex-prefeito de Reserva do Cabaçal e ex-presidente da AMM, herdou o espólio político do mensaleiro Pedro Henry, de quem recebeu o comando do PP no Estado. Victório Galli, suplente na atual legislatura, conseguiu se eleger com respaldo da Igreja Assembleia de Deus. Porta-voz dos setores conservadores, defende bandeiras contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aborto e legalização da maconha.