Procurador compara José Riva aos dois maiores criminosos de Mato Grosso
Segundo procurador, Riva será um perigo inevitável para a continuidade do processo se for solto
O procurador de Justiça, Domingos Sávio, sustentou por mais de 20 minutos o parecer do Ministério Público do Estado para manter o ex-deputado estadual José Geraldo Riva preso. Entre as fortes acusações, ele ainda comparou o ex-parlamentar ao presidiário Sandro Louco (homicída, latrocída, formador de quadrilha e chefe do Comando Vermelho) e também a João Arcanjo Ribeiro (ex-comandante de jogo do bicho e mandante de assassinatos).
O procurador destacou ainda o poder de influência exercida por José Riva fora do âmbito da Assembleia Legislativa. “Ele era visto por muitos como um governador de fato, por exercer forte influência, que ia além dos muros da Casa de Leis”, disse o representante do Ministério Público Estadual.
Domingos Sávio reforçou ainda o texto contido da determinação de prisão, expedido pela juíza Selma Rosane Arruda: "Ele surrupiou o dinheiro do trabalhador mato-grossense”.
Lembrando da quantidade de processos civil e penal do ex-deputado, o procurados comparou José Riva a criminosos de alta periculosidade. "Não conheço em Mato Grosso alguém com tamanha ficha criminal. O currículo dele é grande. Supera o de Sandro da Silva Rabelo, o conhecido Sandro Louco, condenado a mais de 200 anos de prisão e também supera o currículo de João Arcanjo Ribeiro, o ex comendador que hoje está condenado em uma penitenciária federal”, pontuou.
Segundo Sávio, Riva será um perigo inevitável para a continuidade do processo se for solto. Para o autor das acusações, manter o ex-político preso será uma forma de evitar novos crimes. “A prisão cautelar serve para evitar novos crimes. Se o paciente for solto, nós teremos casos de falsificação de documento e influência nos depoimentos. Não há necessidade de estar em um cargo político para fazer isso”, afirmou.
Por último, o procurador afirmou que a resposta correta da Justiça será a permanência do ex-deputado detido. Principalmente num momento em que o povo pede o fim da impunidade em todo o Brasil.
