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Quarta, 29 Maio 2013
| LORENA BRUSCHI DO DIÁRIO DE CUIABÁ
O senador Blairo Maggi (PR) declarou que não será candidato ao governo nas eleições de 2014 e que, por agora, este é um “assunto encerrado”. O posicionamento foi externado após uma reunião com a cúpula do PR na tarde de ontem (28), na sede da Amaggi.
“Meu posicionamento já é de conhecimento de todos. Tenho reafirmado que não vou me candidatar em 2014. Vi que meu partido estava me pressionando e minha decisão, neste momento, é de não disputar”, enfatizou.
As principais lideranças do PR esperavam sair da reunião com uma definição sobre a eventual candidatura majoritária Maggi, tido como unanimidade entre os republicanos para sucessão de Silval Barbosa (PMDB). O senador, no entanto, avalia que este é um momento inoportuno para qualquer decisão.
“Esse processo começou muito cedo. Estamos no meio dos mandatos dos governadores. Não tem como discutir eleição no meio do mandato. Não concordo com esse tipo de situação”, pontua, avaliando que o debate precipitado dificultou as negociações para amadurecer uma proposta.
Segundo o senador, a discussão começou em nível nacional, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que a presidente Dilma Rousseff (PT) seria a candidata do partido à reeleição e que ele não tentaria voltar à Presidência. A partir daí, a discussão teria sido suscitada nos estados.
Diante da recusa de Maggi, três nomes republicanos foram cotados durante a reunião, caso o partido insista numa candidatura própria em 2014: o suplente de Maggi, José Aparecido dos Santos, o Cidinho; o deputado federal Wellington Fagundes; e o ex-prefeito de Água Boa, Maurício Tonhá, o Maurição.
Quanto à possibilidade de o PR indicar um nome a vice do pré-candidato ao governo, senador Pedro Taques (PDT), ou compor uma aliança com o candidato pretendido pelo PT, o juiz federal Julier Sebastião da Silva, Maggi afirma que ainda não existe nenhuma negociação a respeito até agora. “Vice a gente não escolhe. Ele acontece na parte final, no fechamento das negociações”, diz.
O senador ressalta ainda que sua proximidade com Taques não passa de um bom diálogo, algo que ele considera normal devido ao fato de ambos serem senadores e frequentarem juntos o Congresso.
O deputado Zeca Vianna (PDT), no entanto, já havia afirmado que o partido aguardava apenas o resultado da reunião de ontem para iniciar uma negociação sobre uma possível composição.
PRESTAÇÃO DE CONTAS - Maggi adianta também que deve se reunir com Dilma para explicar os motivos pelo qual não disputará o governo no Estado. A prestação de contas à petista se dará porque sua candidatura representaria um forte palanque em Mato Grosso para a reeleição da presidente.