Após 4 anos, VG volta a ter 3 "prefeitos" em menos de 24 horas

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Quinta, 07 Maio 2015 | Do G1 MT
Após pouco mais de quatro anos, Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, voltou a viver clima de instabilidade política nas últimas 24 horas. Desde a tarde de quarta-feira (6), a cidade está com três "prefeitos". Um cassado, que é Walace Guimarães (PMDB). Um empossado, sendo o presidente da Câmara de Vereadores, Jânio Calistro (PMDB). E uma diplomada pela justiça eleitoral como prefeita, Lucimar Campos (DEM), que foi a segunda colocada nas últimas eleições. A situação atual é semelhante à de abril de 2011, quando o município ficou sob a gestão de João Madureira, Tião da Zaeli e Murilo Domingos no mesmo dia.
Walace e o vice, Wilton Coelho (PR), foram cassados por determinação do juiz José Luiz Leite Lindote, da 58ª eleitoral, na terça-feira (5), sob a acusação de gastos ilícitos na campanha de 2012. Na mesma decisão, Lindote determinou que o presidente da Câmara Municipal, Jânio Calistro, assumisse a prefeitura por 24 horas. Calistro tomou posse no final da tarde de quarta-feira (6), poucas horas depois de Lucimar Campos ter sido diplomada pela justiça eleitoral como prefeita do município.
Entretanto, a gestão da segunda maior cidade de Mato Grosso poderá mudar já nas próximas horas. Isso porque o vereador Calistro tenta manobra jurídica para permanecer no cargo, enquanto a defesa de Walace entrou com recurso tanto na 58ª Eleitoral quanto no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). Neste último, foi feito pedido de liminar para suspender a decisão de Lindote. E, em tese, Lucimar Campos deverá ser empossada às 18h desta quinta-feira (7) na Câmara de Vereadores.
Instabilidade em 2011
Em 2011, por causa de decisões judiciais e manobras políticas, em menos de 24 horas a cidade ficou sob a gestão de três prefeitos. João Madureira, então presidente da Câmara dos Vereadores, assumiu o cargo no lugar de Murilo Domingos, que havia sido afastado da prefeitura. No mesmo dia, Madureira passou o cargo para o vice-prefeito, Tião da Zaeli. Entretanto, naquela data, os vereadores da cidade também deram posse a Murilo Domingos.
Domingos e Zaeli haviam sido afastados por decisão da Câmara Municipal, e por isso Madureira havia assumido o posto de prefeito. Porém, uma decisão judicial anulou a comissão criada pelos vereadores, permitindo assim o retorno de Domingos e Zaeli aos cargos. Mas, a mesma decisão afastou Domingos da prefeitura por improbidade administrativa.
Assim, Madureira deu posse a Zaeli como prefeito. E, mesmo após a determinação do afastamento, os vereadores deram posse a Domingos como prefeito. Na época, a Câmara alegou que não havia sido notificada do despacho que o afastava do cargo.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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